domingo, 13 de dezembro de 2009

Rede Adventista de ensino propõe hábitos de saúde

Pesquisa recente da Unicamp (Universidade de Campinas) em parceria com pesquisadores de Madri, Espanha, revela algo simples de se chegar à conclusão, mas que de tão óbvio, passa despercebido a muitos: fumar e beber em casa, na frente de crianças pequenas, incentiva o uso de drogas no futuro. Os números da pesquisa realizada com crianças brasileiras e espanholas de escolas públicas na faixa dos 11 anos apontam índices alarmantes: 40% das crianças brasileiras já fizeram uso de bebida alcoólica e 36% dizem já ter visto a mãe bêbada, por exemplo. Além disso, 12% já fizeram uso de tabaco - tudo isso graças ao exemplo recebido em casa. E o resultado desse contato precoce com o cigarro e com a bebida tem sido o de incontáveis adolescentes perderem essa importante fase da vida para as drogas.

Jovens de 13 e 14 anos, que foram parar, inclusive, no hospital com início de overdose contam que o vício começou inocentemente, ao acenderem o cigarro da avó, por exemplo, ou comprarem bebida alcoólica com o pai, mãe ou outro parente.

Parece absurdo pensar, mas muitos pais dão goles de bebidas a crianças de apenas 5, 6 anos ou molham o dedo da criança na bebida; outros ainda permitem que esses pequenos deem tragadas em cigarro. No futuro, vem conta a ser paga por esses procedimentos, e o que foi brincadeira irresponsável do passado, se torna em graves dramas que começam em indivíduos, mas que geram consequências para toda a sociedade, quando muitos desses chegam até mesmo a entrar para o mundo do tráfico de drogas.

Entendendo que os pequenos maus hábitos levam aos grandes problemas do futuro e contemplando a educação de forma holística, em que o aluno deve crescer integralmente, o que se estende até os limites de seu lar e da comunidade onde mora, a Rede de Educação Adventista da zona Sul de São Paulo promove cursos gratuitos aos pais dos alunos, incentivando-os a substituírem os vícios por uma vida saudável.

O curso "Como deixar de fumar em cinco dias" é um bom exemplo disso e tem sido um grande sucesso entre os pais dos alunos, que não só melhoram a própria saúde como a de quem está perto, os chamados fumantes passivos.

O curso realizado por meio de palestras com médicos e psicólogos, dentre outras formas de informação e orientação, habilita o pai a ser um exemplo de maior credibilidade dentro de casa, a fim de que possa proibir o filho de fazer uso de algo prejudicial, não por palavras somente, mas por um comportamento que lhe confira autoridade para tal.

"É proibido fumar" é uma regra adotada pela Educação Adventista em suas mais de 300 unidades espalhadas pelo Brasil. Esta ação aberta no combate ao tabaco está alinhada à promoção da saúde proporcionada pela rede de ensino através de cursos gratuitos sobre qualidade de vida e como deixar de fumar em cinco dias.

A atitude da Educação Adventista com relação ao cigarro vem mudando a história de muita gente. E o mais surpreendente neste caso é que são os filhos que desejam que os pais parem de fumar e não o contrário, como é mais comum, por isso lhes fazem o convite de irem até à escola participar do curso.

Foi assim com Aurora da Silva, moradora da Vila das Belezas, que por 25 anos fazia parte do quadro dos fumantes. Felizmente, após participar do curso "Como deixar de fumar em cinco dias" oferecido pelo colégio Adventista da Vila das Belezas, onde seu filho estuda, Aurora superou o vício e, atualmente, comemora pelos mais de 2 anos que deixou a dependência. "Foi meu filho quem me trouxe um panfleto com o convite e eu fui para não decepcioná-lo, mas para minha surpresa, valeu muito a pena participar, pois há mais de 2 anos não sei mais o que é colocar um cigarro na boca", diz.

Aurora ainda conta que sua saúde melhorou muito: "Hoje, me sinto bem melhor. O cansaço e falta de ar passaram. Faço caminhadas e tomo mais água - tudo melhorou depois que participei do curso."

A Educação Adventista da zona Sul de São Paulo, dessa forma, além de ser uma ponte para a informação funciona também como instrumento de formação dentro de casa, a fim de que os dados demonstrados pela pesquisa citada, no início deste texto, sejam minimizados por ações simples como esta, mas bastante eficazes na prevenção do uso posterior de drogas.

(Portal Fator Brasil)

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