quinta-feira, 26 de novembro de 2009

TV aumenta agressividade de crianças pequenas

Crianças com menos de três anos expostas direta ou indiretamente à TV estão sob maior risco de comportamento agressivo, segundo estudo publicado na edição de novembro da revista Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine. De acordo com os autores, apesar de a agressividade na infância estar associada a outros fatores, como violência familiar ou na vizinhança, e estresse e depressão dos pais, a TV teria seu papel nesse sentido.

Pesquisadores de Nova Orleans e Nova Iorque, nos Estados Unidos, avaliaram a associação entre a exposição à TV em casa e o uso da TV com o comportamento agressivo em crianças com menos de três anos de idade, pesquisando, por 36 meses, mais de 3 mil mães. Os dados foram coletados em casa e por telefone no período entre 1998 e 2000 em 20 cidades. Os fatores de risco avaliados, além da exposição à TV em casa, foram a desordem na vizinhança e fatores maternos, como depressão.

As análises indicaram que crianças que haviam apanhado no mês anterior (β=1,24), viviam em uma região conturbada (β=2,07) e tinham mães com relato de depressão (β=0,92) e pais estressados (β=0,16) estavam significativamente mais susceptíveis a apresentar comportamento agressivo. E a exposição direta à TV (β=0,16) e uso de TV em casa (β=0,09) também estiveram significativamente associados com a agressividade infantil, mesmo após ajuste para outros fatores.

(Arch Pediatr. Adolesc. Med., v. 163, Nº 11, Nov. 2009, p. 1.037-1.045)

Intimidade afetiva x intimidade sexual

Dr. Dean Ornish, cardiologista e professor da Universidade da Califórnia em São Francisco, Estados Unidos, em um de seus livros, explica que uma pessoa isolada afetivamente de si mesma e dos outros adoece e pode agravar a doença cardíaca presente. Ele conta a história real vivida por um filósofo professor, Jacob Needleman, numa experiência muito interessante sobre o tema “solidão”. Needdleman comenta: “Há vários anos, perguntei aos meus alunos: ‘O que vocês consideram os principais problemas de nossa sociedade?’ Obtive as respostas usuais: desintegração da família, guerra nuclear, ecologia. Então alguém disse ‘solidão’. Eu perguntei: ‘Quantas pessoas aqui se sentem basicamente sós?’ Todos levantaram as mãos. Fiquei estarrecido. Então perguntei a outro grupo maior de pessoas, com um espectro mais amplo de tipos, e todas, exceto duas, levantaram as mãos. Assim fiquei interessado na solidão. Então um estudante de trinta e cinco anos de idade proveniente da Nigéria disse: ‘Você sabe, quando cheguei à Inglaterra proveniente da Nigéria, não entendia o que as pessoas queriam dizer quando falavam que estavam sós. Somente agora, depois de estar morando nos Estados Unidos por dois anos, é que sei o que significa estar só.' Na cultura dele, a solidão simplesmente não existia; eles tampouco tinham uma palavra para ela. Havia muito sofrimento, muita dor, muita tristeza, mas não solidão. O que é essa solidão que estamos experimentando? As pessoas ficam separadas não somente umas das outras, mas também de uma força harmonizadora em si mesmas. Não se trata somente de ‘Eu estou só’; trata-se do ‘Eu’ estar sozinho. Estamos desprovidos de um relacionamento harmonioso essencial com alguma força universal. Para mim, eis por que a solidão é um fenômeno importante que se deve entender” (Dean Ornish, Salvando o Seu Coração, Editora Relume-Dumará, c.4, 1995).

Há uma solidão básica, universal, nos seres humanos. Falta algo. A percepção dessa falta não é comum a todos. Não é fácil perceber isso. Pode assustar e doer. Quanto melhor se percebe tal solidão, e quanto mais ajuda se obtém para lidar com ela construtivamente, mais cedo se pode administrá-la e, assim, evitar atitudes destrutivas para tentar encobri-la, como compulsões, por exemplo. A resolução dessa solidão envolve dois níveis de atuação e de convivência. Um vertical e outro horizontal. É como a cruz, com os dois paus, um apontando para o alto e o outro para os lados, direito e esquerdo. Isso significa que o ser humano precisa de relacionamentos “horizontais”, ou seja, com outros seres humanos, e “vertical” com um Poder Superior bom, que eu chamo Deus.

A necessidade desses dois níveis de relacionamento não é algo para a pessoa decidir se precisa ou não. Ela precisa. A diferença é que muitos não sentem, não creem que necessitam. Não sentir e não crer não é a palavra final quanto à necessidade profunda do indivíduo. Melhorar a qualidade da vida afetiva é uma necessidade na relação horizontalizada. Por “vida afetiva” me refiro à compaixão pelas pessoas, empatia, sensibilidade, não-competitividade, compartilhar, expressar o afeto verbalizando-o, transmitindo-o em gestos também. Melhorar a intimidade afetiva é uma necessidade e isso não está relacionado com intimidade sexual obrigatoriamente. Muitos têm intimidade sexual mas não conseguem intimidade afetiva. Não conseguem amar. Só “transar”. “Transar” – ter relações sexuais – é o mais fácil num relacionamento. Agora, amar...

Talvez você tenha vivido perdas afetivas significativas em sua vida na infância e adolescência, chegando à vida adulta com dores emocionais e medo de novos relacionamentos íntimos. A frustração do passado, quando você tentou se aproximar e ter intimidade com pessoas afetivamente importantes em sua vida, pode ter causado uma barreira dentro de si mesmo contra novas relações íntimas. Ficou o vazio “horizontal”, nas relações humanas. E é preciso vencer isso, arriscar se abrir, não ter medo do medo da frustração e avançar, com simplicidade e prudência.

Vá com calma nos novos relacionamentos, mas vá. Evite colocar expectativas altas demais nas respostas afetivas das pessoas. Há pessoas confiáveis com quem você poderá se abrir. E as não confiáveis com quem você se relacionará com respeito, mas com alguma distância, dependendo da situação. É mais importante melhorar a qualidade da intimidade afetiva com poucos amigos, do que aumentar o número deles e permanecer superficial.

(Cesar Vasconcellos de Souza, www.portalnatural.com.br)

Câncer no intestino cresce no País

O câncer de intestino (cólon e reto) será o terceiro tipo de tumor de maior incidência no Brasil em 2010, passando o de pulmão, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Uma dieta rica em gorduras, carne vermelha e baixo teor de cálcio, além de obesidade e sedentarismo, são fatores que contribuem para esse tipo de câncer.

"Todo mundo sabe que o tabagismo causa câncer, mas pouco se fala sobre a adoção de hábitos alimentares saudáveis. Um alto consumo de vegetais e frutas é fator de proteção contra a doença", disse o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini. Segundo ele, a alimentação poderia prevenir o surgimento de 35% de novos casos de câncer e o controle do tabagismo, 30%.

De acordo com a Estimativa 2010-2011 de Incidência do Câncer no Brasil, serão diagnosticados 56 mil novos casos de câncer do intestino até 2011 - 28 mil por ano - e 55 mil no pulmão - 27,5 mil por ano. Nos países desenvolvidos, os tumores intestinais ficam atrás apenas dos localizados na próstata.

Nas regiões mais ricas do Brasil, Sul e Sudeste, o câncer de intestino já está em segundo lugar no ranking. O aumento das estimativas se dá principalmente entre mulheres. O câncer de mama continua a ser o mais prevalente na população feminina, mas os tumores no cólon e reto serão até mais frequentes que o de colo do útero.

"Nessas regiões, as mulheres estão se expondo mais ao tabagismo, sobrepeso, obesidade e sedentarismo", explica o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Claudio Noronha. Por outro lado, a cultura de fazer o exame preventivo para o colo do útero (papanicolau) está mais consolidada. (...)

No total, dois em cada mil brasileiros terão algum tipo de câncer em 2010. O Inca prevê 489.270 novos casos da doença no ano que vem (para 2008 e 2009, a previsão foi de 466 mil novos casos por ano). Desse total, 52% atingirão mulheres, e 48%, homens. "Esse resultado se deve à população feminina brasileira ser muito maior que as masculina e elas terem uma expectativa de vida maior", justifica Santini. Ele acrescentou que o câncer é uma doença crônica ligada ao envelhecimento e destacou que 40% desses novos casos poderiam ser prevenidos pelo fim do tabagismo, adoção de hábitos alimentares saudáveis, práticas de atividades físicas e uso de proteção solar. (...)

(Estadão)

Comer devagar pode ajudar no controle do peso

Colocar menores quantidades de alimento na boca e mastigar por mais tempo pode ajudar no controle do peso, segundo estudo publicado na revista especializada Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Segundo os pesquisadores, comer mais rapidamente pode atrapalhar a liberação de hormônios responsáveis pela sensação de satisfação, fazendo com que as pessoas comam em excesso. A pesquisa avaliou 17 homens saudáveis que tiveram que, em duas ocasiões diferentes, comer 300 ml de sorvete em cinco e 30 minutos. Analisando amostras de sangue, os pesquisadores observaram que, ao comer mais devagar, os voluntários tinham maior resposta do peptídeo anorexigênico, o que leva a uma redução do apetite.

Os especialistas explicam que o estudo oferece evidências importantes para entender aspectos da atual epidemia de obesidade. “Muitas pessoas, pressionadas por trabalhos e condições de vida demandantes, comem mais rapidamente e em maiores quantidades do que no passado”, ressaltou o pesquisador grego Alexander Kokkinos. “Nosso estudo oferece uma possível explicação para a relação entre a velocidade em comer e a alimentação em excesso, mostrando que a taxa na qual alguém come pode afetar a liberação de hormônios gastrointestinais que sinalizam para cérebro parar de comer”.

(WebMD)

Sono "recuperação" não recupera noites sem dormir

A afirmação: uma pessoa pode "compensar" o sono atrasado dormindo até tarde nos finais de semana. Os fatos: a privação crônica do sono é um fato para a maioria dos americanos. Porém, compensar o sono atrasado não é tão simples quanto dormir até tarde no sábado. Em estudos realizados ao longo dos anos, cientistas descobriram que pode levar uma semana ou mais para que as consequências cognitivas ou fisiológicas das noites mal-dormidas apareçam – até mesmo depois que as horas de sono aumentam.

Em um estudo do Walter Reed Army Institute of Research realizado em 2003, por exemplo, cientistas examinaram os efeitos cognitivos de uma semana de noites mal-dormidas, seguidas de três dias de sono de pelo menos oito horas por noite. Os cientistas descobriram que o sono de "recuperação" não reverteu completamente pioras no desempenho em um teste de tempos de reação e outras tarefas psicomotoras, especialmente no caso de participantes que tinham sido forçados a dormir apenas três ou quatro horas por noite.

Em um estudo similar, realizado em 2008, cientistas do Karolinska Institute, em Estocolmo, descobriram que, quando os participantes dormiam quatro horas por noite em cinco dias, e depois "tiravam o atraso" com oito horas por noite na semana seguinte, eles ainda apresentavam leves deficiências cognitivas residuais uma semana depois, embora eles não relatassem sonolência alguma.

No entanto, em outro estudo, também do Walter Reed Army Institute of Research, cientistas descobriram que as pessoas se recuperavam muito mais rapidamente de uma semana mal-dormida quando ela era precedida por uma semana de "acumulação", que incluía dez horas de descanso.

Em outras palavras, se você sabe que tem pela frente uma semana de pouco sono, tente "adiantar" o sono antes, e não tentar recuperá-lo depois.

Conclusão: é necessário mais do que uma noite com horas a mais de sono para tirar o atraso de noites mal-dormidas.

(G1 Notícias)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Muita força na escovação deixa dentes sensíveis

Escovar os dentes com muita força e o consumo excessivo de alimentos e bebidas ácidos são os principais fatores que levam à sensibilidade dos dentes, segundo dentistas da Academy of General Dentistry dos Estados Unidos. Uma pesquisa com 700 especialistas apontou que um terço dos dentistas indica que o consumo de alimentos ácidos é a principal causa dos dentes sensíveis, seguido da técnica de escovação.

Resultado da irritação do nervo do dente, a sensibilidade dos dentes é caracterizada pelo desconforto ou dor súbita e acentuada em um ou mais dentes, principalmente quando se consome alimentos ou bebidas quentes ou frias demais, quando se inspira ar frio, ou com a pressão sobre o dente. Segundo a Academia, ela afeta pelo menos 40 milhões de americanos adultos.

Segundo o especialista Van B. Hayward, da Escola de Odontologia do Medical College of Georgia, a escovação agressiva e as substâncias ácidas podem desgastar o esmalte dos dentes e afetar também as gengivas. "Quando a camada protetora do esmalte é corroída ou as linhas da gengiva recuam, um tecido mais sensível no seu dente – chamado dentina – pode ficar exposto", explicou o dentista. "A dentina se conecta ao centro do nervo interno do dente, então, quando ela está desprotegida, o centro nervoso pode ser deixado sem escudo e vulnerável a sensações, incluindo a dor".

Além dessas duas causas principais citadas na pesquisa, os dentistas relataram que alguns cremes dentais, enxaguantes bucais e produtos para branquear os dentes, além de dentes quebrados ou rachados, bulimia e refluxo, podem contribuir para a sensibilidade dos dentes.

Para aliviar o problema, os especialistas recomendam: usar um creme dental especial para dentes sensíveis; usar uma escova de cerdas macias; ter boa prática de higiene oral, usando fio dental regularmente e escovando os dentes pelo menos duas vezes por dia durante dois ou três minutos; manter a escova em ângulo de 45 graus, escovando delicadamente em movimentos circulares, com a escova na ponta dos dedos, e não na palma da mão; e evitar alimentos e bebidas ácidas, como refrigerantes e alimentos cítricos.

(Academy of General Dentistry, press release, novembro de 2009)

Leia também: "A força dos dentes"

Cafeína interfere na produção hormonal feminina

Um estudo que acaba de ser finalizado pela Escola Médica de Harvard indica que a cafeína afeta a produção de estrogênio e de outros hormônios sexuais femininos, podendo favorecer casos de câncer de mama e nos ovários. Os especialistas ainda não desvendaram os detalhes da relação entre a substância e o risco de câncer. Mas, conhecendo a influência dos hormônios sexuais na doença, a hipótese é que a variação hormonal causada pela substância acabe aumentando a incidência de câncer quando já existe a propensão.

"Segundo a IFIC (International Food Information Council), o ideal é consumir, no máximo, 300 mg de cafeína por dia, o que equivale a três xícaras de café", afirma a nutricionista Roseli Rossi, diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional [mas por que arriscar? O ideal mesmo é nenhuma...]. Para ultrapassar esse limite, sem temer os riscos, ela indica uma consulta com o cardiologista ou, no caso das mulheres, até mesmo com o ginecologista. Para chegar a esta conclusão, os médicos acompanharam 1.200 mulheres, verificando a relação entre o consumo de cafeína e as variações hormonais.

As pacientes ainda preencheram vários questionários, relatando hábitos alimentares e descrevendo o estilo de vida, além de fornecerem amostras sanguíneas para avaliação das dosagens hormonais. Após a análise dos dados, foi confirmado que quanto maior o consumo de cafeína numa mulher em pré-menopausa, menores são os níveis do hormônio estradiol na segunda metade do ciclo menstrual. (...)

Onde ela está? Não é somente o café que contém a substância polêmica:

Refrigerantes tipo cola - lata (355 ml) - 37 a 45 mg de cafeína
Café coado - 1 xícara pequena (50 ml) - 39 mg de cafeína
Café coado - 1 xícara grande (240 ml) - 186 mg de cafeína
Café instantâneo - 1 xícara pequena (50 ml)- 22 mg de cafeína
Café instantâneo - 1 xícara grande (240 ml) - 106 mg de cafeína
Chá [preto] em saquinho - 1 xícara grande (240 ml) - 3,2 mg de cafeína
Leite com achocolatado - 1 copo (240 ml) - 5 mg de cafeína
Chocolate ao leite - 30 g - 60 mg de cafeína

(Yahoo Minha Vida)

domingo, 22 de novembro de 2009

Estresse no início da vida modifica comportamento


Um estudo alemão recentemente publicado na revista científica Nature Neuroscience indica que o estresse nos primeiros anos de vida pode ter um impacto significativo nos genes, podendo resultar em problemas de comportamento. A partir de testes com ratos, os cientistas descreveram que os pequenos estressados produzem hormônios que modificam os genes, o que afetaria o comportamento ao longo da vida. No estudo, os pesquisadores separaram os filhotes das mães três horas por dia durante dez dias. "Foi um estresse muito leve, e os animais não foram afetados em nível nutricional, mas eles se sentiram abandonados", explicaram os autores. E eles notaram que aqueles que haviam se sentido dessa forma no início da vida eram menos capazes de lidar com situações estressantes ao longo da vida, além de apresentarem pior memória.

De acordo com os autores da pesquisa, esses efeitos são causados por "mudanças epigenéticas", em que a experiência estressante muda o DNA de alguns genes. E esse processo ocorreria em dois momentos: quando os filhotes são estressados, produzem altos níveis de hormônios do estresse; e esses hormônios "ajustam" o DNA de um gene que codifica um hormônio específico do estresse chamado vasopressina. "Isso deixa uma marca permanente no gene da vasopressina", explicou o cientista Christopher Murgatroyd, destacando que "esse gene é programado para produzir altos níveis desse hormônio ao longo da vida".

Na pesquisa, os cientistas mostram que esse processo envolvendo a vasopressina está por trás de problemas de comportamento e de memória. Quando eles deram, aos ratos adultos, drogas que bloqueavam os efeitos do hormônio, o comportamento dos roedores voltou ao normal.

Os autores acreditam que os resultados dos testes com ratos possam ser replicados em humanos, e eles já estão investigando como o trauma na infância pode levar a problemas como depressão. "Há forte evidência de que adversidades como abuso e negligência durante a infância contribui para o desenvolvimento de doenças psiquiátricas, como a depressão", destacaram. "Isso ressalta a importância do estudo de mecanismos epigenéticos nos distúrbios relacionados ao estresse."

(BBC News, 8 de novembro de 2009)

Nota: Embora dizer isso seja como "chover no molhado", essa pesquisa reforça a necessidade de que o lar seja um ambiente de paz e manifestação de amor, a fim de que a criança tenha um ambiente favorável ao seu desenvolvimento.[DB]

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Problema moderno e antigo

Um grupo internacional de cientistas descobriu que problemas cardiovasculares eram conhecidos dos antigos egípcios, indicando que é preciso olhar além dos fatores de risco modernos para compreender adequadamente as doenças do coração. Os pesquisadores identificaram a formação de arteriosclerose em múmias com cerca de 3,5 mil anos. O endurecimento da parede arterial, causado pelo depósito de gordura, cálcio ou outras substâncias na parede das artérias, pode provocar infarto ou derrame. O estudo foi apresentado em reunião da American Heart Association, nesta terça-feira (17/11), em Orlando, nos Estados Unidos, por Randall Thompson, professor de medicina do Mid American Heart Institute. Um artigo sobre a pesquisa será publicado na edição desta quarta-feira (18/11) do Journal of the American Medical Association (JAMA).

O grupo usou tomografia computadorizada para examinar em raio x 20 múmias do Museu de Antiguidades Egípcias, no Cairo. As múmias datam de 1981 a.C. a 364 d.C. Os cientistas encontraram evidência de vasos sanguíneos e de tecido do coração em 13 múmias. Em quatro, o coração estava intacto. O grupo confirmou em três delas sinais inequívocos de arteriosclerose, com outras três consideradas como prováveis portadoras de endurecimento arterial.

Segundo o estudo, a calcificação se mostrou significativamente mais comum em múmias de indivíduos que morreram com idade estimada de 45 anos ou mais. Não foi verificada diferença no endurecimento das artérias entre homens e mulheres.

Das múmias analisadas, a mais antiga com arteriosclerose morreu entre 1570 a.C. e 1530 a.C. De acordo com o grupo, o trabalho é novo indicador de que a doença não é exclusiva do homem moderno, uma vez que se fazia presente há mais de três mil anos.

Nota do terapeuta naturalista Cláudio Lima: Doenças cardiovasculares estão relacionadas ao consumo de gorduras (inclusive azeite), e hoje são consideradas um dos maiores problemas de saúde pública. Veja o que diz o Senhor: “E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos Seus olhos, e deres ouvido aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois Eu sou o Senhor, que te sara” (Êx 15:26).

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Como não engordar a criança na festa

Se existe uma coisa que me revolta é ver uma mãe insistindo para a criança pequena tomar refrigerante. Já vi essa cena algumas vezes em restaurantes, em fins de semana. Às vezes, a criança nem quer mais, mas a mãe empurra o copo com canudinho até ela sugar tudo até o fim. Com o mesmo afinco com que insiste com a colherada de sopa de legumes ou mais um pedaço de abóbora. Como se fosse nutritivo. Como se fizesse bem para a criança. Pra quê? Todo mundo sabe que refrigerante é carregado de açúcar, corante e outras substâncias desnecessárias ao nosso organismo. É só ler a embalagem, está tudo escrito lá. Todo mundo sabe que açúcar engorda. Todo mundo sabe que a obesidade infantil é um problema crescente de saúde no Brasil. E bebidas com edulcorantes artificiais não são recomendadas para crianças. Então... pra quê?

Uma pesquisa da GfK sobre o consumo de bebidas não alcoólicas, realizada em julho de 2008 e divulgada esta semana, mostra que os refrigerantes sabor cola são o quinto produto mais ingerido dentre todas as bebidas sem álcool mais consumidas pelo brasileiro. No topo do ranking, segundo a pesquisa, está a água. Sucos naturais de frutas feitos em casa ficaram em oitavo lugar. Em volume de líquidos ingeridos, a pesquisa Liquemetrics mostra que o refrigerante é o segundo maior na média, perdendo apenas para a água. Quando separado por faixas etárias, o consumo de refrigerante aparece em 50% das crianças entre 1 e 5 anos e em 66% das crianças de 6 a 11 anos. O maior consumo de refrigerantes acontece na adolescência: mais de 70%.

O refrigerante parece estar dotado de uma aura de tradição que as pessoas não querem abandonar. Quem já foi a uma festa de aniversário de criança em que não houvesse refrigerante? Soa impensável. Talvez tão impensável quando não dar presentes. Pois ele está lá, com seu lugar garantido ao lado dos também indispensáveis brigadeiros e salgadinhos fritos. As guloseimas gordurosas e açucaradas parecem ter se transformado naquele convidado que não pode faltar, senão a festa fica sem graça. E é justamente nessa associação que eu acho que mora o perigo. Dia especial = diversão = junk food? É isso que estamos ensinando às crianças?

A responsabilidade dos pais é tamanha na formação dos hábitos alimentares dos filhos que, nos Estados Unidos, onde a obesidade afeta um terço da população e não poupa crianças, as autoridades já estão radicalizando. Algumas crianças americanas com obesidade mórbida já foram afastadas de suas famílias em razão da incompetência dos pais em fazê-las perder peso. Na Grã-Bretanha também já houve casos. Um cara chamado Tam Fry, presidente da Fundação Britânica para o Crescimento da Criança, está tentando mudar a legislação para classificar a alimentação exagerada como forma de abuso infantil.

Será mesmo preciso chegar a esse ponto?

Ao dar uma festa de aniversário para os filhos, os pais estão ensinando como comemorar uma passagem da vida, como se divertir, como compartilhar. A criança está crescendo e aprendendo a fazer escolhas. É o momento de ela eleger os brinquedos favoritos, os amigos favoritos e até as comidas favoritas. Todo mundo sabe - porque os especialistas vivem dizendo e porque todos temos memória - que o que a gente gostava de comer quando criança vai influenciar nossos hábitos alimentares na vida adulta. Então por que não aproveitar a festa para oferecer oportunidades de escolhas que façam bem à criança? Não será mais interessante ela tomar como favoritas as escolhas mais saudáveis?

Consultei a chef Fernada Sayeg, dona do bufê Snob Food, que faz comida chique para adultos e crianças. Ela acredita que as festas saudáveis sejam uma tendência, embora estejam acontecendo mais nas famílias ricas, por enquanto. Fernanda diz que nessas festas mais requintadas as opções são mais variadas. Quem não quer os salgadinhos de sempre pode aguardar que o garçom traga os quitutes mais nutritivos. E ela diz que não é difícil conseguir que a criançada avance na ala saudável do cardápio. Quando a comida é bem feita, gostosa e bem apresentada, com enfeitinhos coloridos, o sucesso é total.

A meu pedido, Fernanda fez uma lista das comidinhas bacanas que podem encantar as crianças e nutri-las ao mesmo tempo entre uma brincadeira e outra. Entre elas:

- bastões de cenoura com molhinho de queijo
- batatinha de carinha assada
- espetinho de tomate cereja com mussarela de búfala
- gelatina
- papinha de manga
- pamonha
- espetinho de morango com calda de chocolate
- saladinha de frutas
- sopinhas frias ou quentes
- sanduichinho de frango desfiado com cenoura e maionese
- milho cozido...

A mim parece perfeitamente possível organizar uma festa infantil bonita, divertidíssima e saudável, que as crianças adorem do mesmo jeito. As nossas lembranças de infância certamente ajudarão nesse projeto. Ou as receitas da vovó. Ou as receitas da internet mesmo. Eu acrescentaria à lista da Fernanda o que eu gostava de comer nas férias enquanto assistia à Sessão da Tarde: canjica, pinhão, pipoca, bolo de banana e outras delícias caseiras. Quanto ao refigerante, embora ele estivesse também presente nas minhas festas de aniversário, eu preferiria, hoje, substituí-lo por bebidas saudáveis e talvez ainda mais refrescantes, como sucos naturais de frutas de cor bem bonita. Entre minhas preferidas está o suco de erva cidreira com limão, que conheci num evento escolar. É preciso encontrar um maço da erva com folhas bem verdes, de preferência colhidas no dia, batê-las no liquidificador com água e limão e reservar na geladeira. Fica lindo e delicioso. Gosto também de chá mate gelado feito em casa. Esse é mais fácil: basta comprar o chá solto, sem ser em forma de sachês, preparar com água quente e pôr pra gelar. Sem muito açúcar, por favor.

As crianças são capazes de gostar de muitas coisas. E a primeira coisa a fazer para elas ampliarem seu repertório alimentar é oferecer tudo que há de bom. Assim, aumentam as chances de elas fazerem associações do tipo comida saudável = gostoso = especial.

(Francine Lima, Época)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Casamento feliz = melhores noites de sono

Ter um casamento feliz pode ajudar as mulheres a ter uma boa noite de sono, segundo estudo da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. A análise de quase duas mil mulheres casadas, com idades entre 42 e 52 anos, indicou que aquelas que relatavam ser mais felizes no casamento tinham menor propensão a distúrbios do sono. As participantes tiveram de classificar a felicidade no casamento em uma escala crescente de um a sete, e responder se tinham dificuldade em cair no sono, permanecer dormindo ou se acordavam muito cedo sem conseguir dormir de novo. E, avaliando também outros fatores que poderiam afetar o sono, como sintomas depressivos, problemas econômicos ou no trabalho, presença de crianças em casa, consumo de álcool e cafeína, atividade sexual e status hormonal, os pesquisadores concluíram que se sentir feliz no casamento apresenta benefícios para o sono.

(WebMD)

domingo, 15 de novembro de 2009

Mesmo pouco exercício beneficia a saúde

Apesar de os especialistas recomendarem a prática de atividades físicas cinco vezes por semana, mesmo apenas 30 minutos de exercícios em um ou dois dias da semana pode trazer benefícios para a saúde física e mental, segundo o Índice Gallup-Healthways de Bem-Estar de 2009, medida oficial americana de saúde e bem estar. Baseado em 288 mil entrevistas por telefone, a pesquisa indica que o fato de não se exercitar em uma semana específica estaria associado a 35% maior incidência de obesidade, enquanto a atividade física de 30 minutos em um ou dois dias da semana reduziria a incidência para 28%.

Em relação à saúde mental, os pesquisadores descobriram que aqueles que faziam atividades físicas um ou dois dias na semana tinham maiores pontuações em uma escala de saúde emocional, comparados aos sedentários. E a depressão seria menos comum entre os participantes fisicamente ativos.

Os pesquisadores destacam, porém, que, apesar de os resultados na saúde física e mental serem melhores para aqueles que fazem atividades físicas com mais frequência – quatro a seis dias na semana –, se exercitar todos os dias não é o ideal. Os participantes que o faziam apresentaram maior incidência de obesidade (20%, contra 19%) e menor índice de saúde emocional do que aqueles que se exercitavam cinco ou seis vezes por semana. Segundo os autores, um regime intenso de exercícios pode ser fisiologicamente e psicologicamente cansativo, afetando a qualidade de vida.

(WebMD)

Café atrapalha o sono

A cafeína é uma das substâncias mais consumidas por pessoas que procuram se manter acordadas, como aquelas que trabalham à noite. Porém, uma nova pesquisa aponta que a substância pode atrapalhar a qualidade do sono daqueles que a consomem, mesmo que seja durante o dia. De acordo com Julie Carrier, autora do estudo e professora de psicologia da Universidade de Montreal, no Canadá, o efeito da cafeína afeta o sono ainda mais nas pessoas mais velhas. A pesquisadora afirma isso de acordo com um estudo realizado com 24 pessoas em dois grupos de idade: 20 a 30 anos e 45 a 60.

Os participantes do estudo passaram duas noites sem dormir nos laboratórios. Depois, eles receberam uma pílula de cafeína ou um placebo, e três horas depois receberam permissão para dormir. Mesmo com a extrema privação de sono, as pessoas que ingeriram a cafeína tiveram o sono afetado negativamente, principalmente os mais velhos, que dormiram 50% menos que o normal.

Nos dois grupos de idade, a substância diminuiu a eficiência do sono, a sua duração e o sono REM, que é quando o corpo mais descansa. “Todos conhecemos alguém que diz que dorme como um bebê depois de uma xícara de café”, diz Carrier. “Embora elas possam não perceber, o seu sono não será tão profundo e provavelmente será mais conturbado”, completa a pesquisadora.

(Hypescience)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

TV em excesso e mau comportamento de crianças

Quanto mais tempo uma criança de três anos de idade passa em frente à TV, maiores são suas chances de se comportar agressivamente, segundo estudo publicado na edição de novembro da revista médica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. Avaliando mais de 3 mil mulheres de 20 cidades americanas que tiveram filhos entre os anos de 1998 e 2000, os pesquisadores notaram também que mais de dois terços das mães relataram que os filhos assistiam mais de duas horas de TV por dia, com média de três horas diárias.

Após considerarem outros fatores associados ao comportamento agressivo – como viver em uma vizinhança violenta ou ter a mãe com depressão – os pesquisadores concluíram que o tempo que a criança passava assistindo TV e o tempo em que a TV permanecia ligada estavam significativamente associados ao comportamento agressivo, como bater em outras crianças, ser nervoso ou desobediente e gritar demais.

Há vários fatores que podem ser responsáveis por essa relação. Segundo os autores, as crianças podem estar vendo violência demais na TV ou gastando pouco tempo em outras atividades como a leitura e brincadeiras, que ajudam as crianças a desenvolver comportamentos mais positivos. Por isso, os especialistas recomendam que os pais limitem o tempo das crianças em frente à TV – máximo de duas horas diárias para crianças com mais de dois anos – e prestem atenção ao conteúdo dos programas.

(Archives of Pedriatic and & Adolescent Medicine)

Leia também: "Como seria um dia sem televisão ou relógio", "TV no quarto de adolescentes" e "Crianças, novelas e sexualidade precoce",

Uso exagerado de antibióticos ameaça medicina

O uso exagerado de antibióticos na Europa está produzindo resistência e ameaçando interromper tratamentos médicos vitais, como transplantes, cuidado intensivo para bebês prematuros e terapias contra o câncer, dizem especialistas em saúde. Dominique Monnet, da unidade de aconselhamento científico do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), disse que "toda a medicina moderna" está sob ameaça porque os microorganismos estão se tornando resistentes aos antibióticos, deixando as drogas sem serventia. "Se essa onda de resistência a antibióticos nos vencer, não seremos capazes de realizar transplantes, artroplastias de quadril, quimioterapia e cuidados intensivo e neonatal para bebês prematuros", disse ele a jornalistas em entrevista.

Os antibióticos são necessários em todos esses tratamentos a fim de evitar infecção bacteriana. As bactérias resistentes às drogas, no entanto, são um problema crescente em hospitais marcado pelo aumento das superbactérias como a Staphylococcus aureus, resistente à meticilina (MRSA).

Além dos riscos aos tratamentos no futuro, Monnet afirmou que os custos da resistência aos antibióticos já são altos - e poderão atingir de forma ainda mais dura os orçamentos dos sistemas de saúde de toda a União Europeia, caso não se resolva o problema.

As seis bactérias resistentes a antibióticos mais comuns - em geral chamadas de superbactérias - causam cerca de 400.000 infecções por ano na Europa, matando por volta de 25.000 pessoas e consumindo 2,5 milhões de diárias hospitalares por ano.

O ECDC, que monitora e orienta sobre doenças na UE, calcula que, com o dia de internação custando em média 366 euros (548 dólares), as infecções por superbactérias já consomem 900 milhões de euros por ano em custos hospitalares adicionais e outros 600 milhões de euros por ano em perda de produtividade.

"Por toda a União Europeia o número de pacientes infectados por bactérias resistentes aumenta e a resistência a antibióticos é uma grande ameaça à saúde pública", disse o ECDC.

O governo britânico foi criticado por um comitê parlamentar na terça-feira por não conseguir combater a maioria das infecções hospitalares ao concentrar seu foco em duas infecções principais - MRSA e Clostridium difficile.

O ECDC planeja fazer uma campanha sobre o uso de antibióticos no dia 18 de novembro, para pedir que os médicos parem de prescrever antibióticos em demasia. Os pacientes que exigem antibióticos para infecções virais em geral não sabem que eles não funcionam para isso, disse o centro, mas os médicos sim, e deveriam parar de ceder à pressão.

Sarah Earnshaw, da unidade de comunicações do ECDC, ressaltou que uma pesquisa feita em 2002 indicou que 60 por cento dos pacientes não sabem que os antibióticos não funcionam contra vírus de gripes e resfriados.

"Os pacientes em geral exigem antibióticos", afirmou ela. "E os médicos pensam que receitá-los é uma forma mais rápida de lidar com pacientes exigentes em vez de convencê-los do contrário."

(UOL Notícias)

Nota: Embora em algumas situações seja necessário o uso de antibióticos, é importante sempre fortalecer o sitema de defesa do organismo por meio de um estilo de vida saudável, que inclui boas noites de sono, exercício físico, dieta saudável e confiança em Deus, entre outras coisas.[DB]

Músculos mais fortes e menor risco de Alzheimer

Os idosos que têm músculos mais fortes podem estar sob menor risco de desenvolver doença de Alzheimer, segundo estudo publicado na edição de novembro da revista científica Archives of Neurology. “As descobertas apoiam a ligação entre a saúde física e a cognição no envelhecimento e a importância de se manter uma boa função física e a força”, destacaram os autores.

Avaliando a força de nove grupos musculares nos braços e pernas e músculos respiratórios de 970 pessoas com idades entre 54 e 100 anos e livres de demência, os pesquisadores observaram que os 97 participantes com maior força muscular eram 61% menos propensos a desenvolver doença de Alzheimer em quatro anos do que os 97 mais fracos. Além disso, os mais fortes tinham menor declínio das habilidades mentais com o passar do tempo.

Segundo os autores, a explicação mais plausível para essa relação é que haveria algo ocorrendo no corpo que causa tanto a fraqueza muscular quanto a perda da capacidade mental. “Certamente pensamos que é importante ser fisicamente ativo e malhar para manter os músculos fortes”, destacaram os especialistas. "Uma boa saúde física é importante para uma boa função cerebral", concluíram.

(Archives of Neurology)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ingestão de marisco aumenta risco de diabetes

A ingestão regular de peixe branco e gordo protege contra o desenvolvimento da diabetes tipo 2. No entanto, a ingestão de marisco parece ter um efeito contrário, revela um estudo publicado na revista Diabetes Care. Para esse estudo, os pesquisadores da University of Cambridge, no Reino Unido, contaram com a participação de 9.801 homens e 12.183 mulheres saudáveis, com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, os quais forneceram dados relativos ao seu consumo semanal de marisco e peixe branco, nomeadamente, bacalhau, linguado ou peixe gordo, como a cavala, arenque, atum e salmão.

O estudo revelou que, ao longo de um período médio de 10 anos, 725 participantes desenvolveram diabetes tipo 2 e que o risco de desenvolvimento dessa patologia foi cerca de 25% menor nos participantes que ingeriram uma ou mais porções de peixe branco ou gordo por semana.

Inesperadamente, os investigadores verificaram que os participantes que ingeriram quantidades semelhantes de marisco, principalmente camarão, caranguejo e mexilhões, tinham um risco 36% maior de desenvolverem diabetes tipo 2.

O baixo risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 relacionado com a ingestão de peixe branco e gordo e o risco elevado com a ingestão de marisco mantiveram-se mesmo quando os pesquisadores tiveram em conta alguns fatores de risco para a diabetes, nomeadamente a atividade física, a obesidade e o consumo de álcool, de frutas e vegetais.

Na opinião da líder do estudo, Nita Forouhi, a relação entre o consumo de marisco e o risco de diabetes requer ainda mais estudos."

(Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo)

Comentário de Ana Carolina, aluna adventista do curso de Medicina da PUC-SP: O capítulo 11 do livro de Levítico traz, de forma detalhada, especificações da lei mosaica sobre animais próprios ou não para a alimentação humana. No versículo 12 desse capítulo, encontramos um expressa recomendação contra os assim chamados frutos do mar: “Todo o que nas águas não tem barbatana ou escamas será para vós outros abominação.”

Alimentação, nutrição e leis dietéticas são um tema bíblico amplo que começa com a criação de plantas por Deus para servir de alimentação para Adão e Eva. Isso demonstra que antes mesmo de criar o ser humano, Deus criou alimento para ele. Isso deve representar algo para o homem moderno, assolado por diversas doenças causadas por um regime alimentar inadequado.

As leis dietéticas delineiam cuidadosamente o que Deus queria que o homem comesse ou não (alimentos puros e impuros). A classificação dos alimentos, desde então, tornou-se parte da religião, lei e cultura hebraicas. Aderir a essas leis simbolizava a obediência e o amor a Deus por parte do Seu povo. Mesmo no cativeiro, essas leis ajudaram o povo de Deus a manter-se unido como uma nação separada. A obediência de Daniel, ao comer apenas alimentos limpos, apesar da imensa variedade que vinha da mesa do rei, é admirável.

A sociedade contemporânea nos oferece hoje um banquete, provavelmente muito maior do que aquele que foi oferecido a Daniel e seus amigos. No entanto, a mesma sociedade gasta, anualmente, bilhões para tratar doenças decorrentes de uma alimentação deturpada. No entanto, o lucro que se consegue com a indústria de alimentos, bebida e tabaco é muito superior aos gastos que se tem ao tratar das pessoas que ficam doentes em decorrência desses produtos.

Deus, no intuito de proteger Seus filhos, Se preocupou com nosso estilo de vida antes mesmo de nos criar e detalhou em Sua palavra a receita para a saúde e a felicidade plena.

Devemos aproveitar o alimento na medida em que precisamos dele, fazendo escolhas saudáveis e em porções apropriadas, lembrando que, ao fazê-lo, honramos a Deus, que escolheu nada menos que nosso corpo para ser Seu templo.

Cafeína virou moda

A sociedade atual anda em um ritmo frenético - informação instantânea, carros velozes, computadores rápidos e fast foods. Faz-se de tudo para se manter atualizado e acompanhar a velocidade do progresso. Muitas pessoas têm buscado energia extra ingerindo bebidas cafeinadas como o café, chás, bebidas de cola e energéticos.

No Brasil, o cafezinho ou pingado pela manhã não pode faltar para a maioria dos brasileiros. Outros já preferem os cafés mais requintados, como os da rede Starbucks, recém-chegada ao Brasil, e que conta com mais de 16 mil lojas pelo mundo. Mas, atenção, a cafeína tem mais efeitos negativos do que você imagina...

Uma pesquisa recente intitulada "Tendências do Consumo do Café no Brasil em 2008", feita pela TNS InterScience, mostrou que o consumo per capita no Brasil em 2008 foi de 5,64 kg de café em grão cru ou 4,51 kg de café torrado, quase 76 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 2% em relação ao período anterior. Essa pesquisa mostra que nove em cada dez brasileiros acima de 15 anos consomem café diariamente, o que o faz ser a segunda bebida com maior penetração na população, atrás apenas da água e à frente dos refrigerantes e do leite. A penetração do café foi de 97% em 2008, contra 91% em 2001. Os consumidores pesquisados em todo o Brasil também responderam que pretendem continuar a consumir a mesma quantidade de café em 2009. O segmento dos jovens de 15 a 29 anos também apresentou crescimento no consumo diário de café. [Leia mais]

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Beijar o mesmo homem protege contra doença

Cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, descobriram que durante o beijo, o homem pode inocular o citomegalovirus - um vírus que vive na saliva masculina - na mulher. Apesar de inofensivo em pessoas adultas, o vírus pode ser extrememente perigoso durante a gravidez, levando ao aborto ou à deficiência do feto. Por isso, a melhor imunização é beijar. Só que para garantir bons resultados, o médico responsável pela pesquisa divulgada no jornal Medical Hypotheses, doutor Colin Hendrie, recomenda que a mulher beije o mesmo homem durante cerca de seis meses antes da gravidez. Assim, dá tempo de o corpo preparar os anticorpos, o que reduz as chances de infecção do bebê.

(Telegraph)

Nota: Fica mais uma vez evidente que Deus projetou o ser humano para a fidelidade conjugal. Além dos benefícios psicológicos e sociais desse estilo de vida, há também vantagens na área de saúde.[DB]

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Depressão e alimentos industrializados

Um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da University College London, na capital britânica, indica que dietas ricas em alimentos industrializados aumentam o risco de depressão. Em contrapartida, afirmam os pesquisadores, pessoas que comem legumes, verduras, frutas e peixe em abundância apresentam riscos menores de sofrer da condição. O estudo, descrito na revista científica British Journal of Psychiatry, analisou informações sobre a dieta de 3,5 mil funcionários públicos britânicos e, cinco anos mais tarde, monitorou a ocorrência de depressão no grupo. Segundo a equipe de pesquisadores, este é o primeiro estudo a vincular a dieta dos britânicos com a depressão.

Os especialistas dizem, no entanto, que - embora não seja possível excluir a possibilidade de que pessoas com depressão talvez tenham dietas menos saudáveis - é pouco provável que a alimentação seja a razão por trás dos resultados porque não foi identificada uma relação entre dieta e diagnósticos prévios de depressão.

Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos de acordo com o tipo de dieta que seguiam. Em um grupo ficaram os que consumiam alimentos integrais, frutas, legumes e peixe. No outro, os que comiam principalmente alimentos industrializados, como sobremesas açucaradas, alimentos fritos, carne industrializada, cereais refinados e produtos laticínios ricos em gordura.

Após levar em conta fatores como sexo, idade, educação, atividade física, doenças crônicas e o hábito de fumar, os especialistas identificaram uma diferença significativa em riscos futuros de ocorrência de depressão nos grupos.

Os que comiam mais alimentos integrais apresentaram 26% menos riscos de desenvolver depressão do que os que consumiam menos alimentos integrais. Em contraste, os que comiam mais alimentos industrializados apresentaram 58% mais riscos de desenvolver depressão do que os que comiam poucos alimentos industrializados. (...)

"Esse estudo se soma a um conjunto já sólido de pesquisas que mostram associações fortes entre o que comemos e nossa saúde mental", diz o diretor da entidade britânica Mental Health Foundation, Andrew McCulloch. "Estudos como esse são cruciais porque são a chave para que tenhamos uma compreensão melhor da doença mental."

McCulloch acrescenta que as dietas das pessoas estão se tornando cada vez menos saudáveis. "A população da Grã-Bretanha está consumindo menos produtos frescos e nutritivos e mais gorduras saturadas e açúcares", afirma.

"Estamos particularmente preocupados com os que não podem ter acesso a alimentos frescos ou moram em áreas onde existe um número alto de restaurantes de fast food e comida para viagem."

(BBC Brasil)
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