terça-feira, 27 de julho de 2010

Amor de mãe ajuda a lidar com stress da vida adulta

Beijos, abraços e todo tipo de carinho vindo da mãe ajudam o ser humano a enfrentar melhor o stress da vida adulta. Esta é a conclusão de um estudo realizado com 500 pessoas nos Estados Unidos, ao longo de 30 anos. Joanna Maselko, líder da pesquisa, observou que níveis altos de afeto materno facilitam a criação de laços e envolvimento humano. Além de reduzir o stress na criança, ainda pode ajudá-la a desenvolver habilidades sociais até a fase adulta. Inicialmente, os pesquisadores avaliaram a qualidade da interação entre mães e bebês durante consultas rotineiras. Um psicólogo observou e deu uma nota para a forma como a mãe reagia às necessidades e emoções da criança. Cerca de 30 anos depois, eles voltaram a procurar os pacientes, agora adultos, e fizeram uma série de perguntas sobre bem-estar e condição emocional. Além disso, os entrevistados tinham que responder se achavam que suas mães tinham sido carinhosas.

Os resultados revelaram que as crianças de mães mais carinhosas eram capazes de lidar com o stress e a ansiedade melhor do que as outras, que receberam menos atenção. Segundo os estudiosos, estes resultados aumentam os indícios de que a infância é a base para a construção de uma vida adulta sólida. Contudo, a influência de outros fatores, como a personalidade, educação em casa e na escola não podem ser descartados.

O estudo foi publicado no periódico americano Journal of Epidemiology and Community Health.

(Veja)

Proibição da palmada infantiliza os pais

Tento me mover pela vida a partir das dúvidas. Mesmo quando acho que tenho uma razoável certeza sobre algum tema, me pergunto várias vezes: “será?”. E guardo uma parte de mim sempre aberta para mudar de ideia diante de algum fato novo ou argumento bem fundamentado. É o caso da lei da palmada, que me parece desde sempre um total disparate. Ao constatar que o projeto de lei enviado pelo presidente Lula ao Congresso em 14 de julho é apoiado e defendido em entrevistas e artigos por pessoas cuja inteligência e atuação pública tenho grande respeito, me forcei a um questionamento ainda maior. Será que palmada é crime e eu não estou percebendo algo importante? [Leia mais]

Bebê que convive com livros vai melhor na escola

Ler para um bebê que ainda não fala nem entende o que é falado pode parecer perda de tempo, mas diversos estudos mostram que, a longo prazo, a prática pode beneficiar o desempenho escolar. Além de adquirir gosto pela leitura, as crianças que têm contato com livros desde o berço chegam ao ensino fundamental com vocabulário mais rico e maior capacidade de compreensão e de manter a atenção nos estudos. [...] "Não se trata de ler um conto de fadas para um bebê com menos de 1 ano. Os primeiros livros devem ter apenas imagens e o tempo para folheá-los deve ser breve", explica David Dickinson, especialista em alfabetização pela Universidade Harvard. [...] Crianças de 3 anos que possuem o hábito de leitura em família apresentam, aos 10, desempenho escolar superior ao daquelas que não leem com frequência.

"O importante é ler com regularidade, de preferência todos os dias, e tornar a experiência agradável", afirma Dickinson. Os pais, diz ele, devem usar as imagens do livros como base para iniciar uma conversa com a criança. "Faça perguntas sobre a figura ou sobre a história. Não se limite a ler as palavras e virar a página", explica.

A interação com os adultos é fundamental para o desenvolvimento da linguagem e o aprendizado se dá pela imitação, diz o presidente do IAB, João Batista Oliveira. "Mas a linguagem oral tem um vocabulário restrito e uma sintaxe simplificada. O livro, por mais simples que seja, obedece as regras da linguagem escrita, que é a mesma que a criança vai encontrar na escola."

Se o vocabulário é o tijolo do pensamento, afirma Oliveira, a sintaxe é a argamassa. "Quanto maior o vocabulário e mais articulada a sintaxe, mais temos sobre o que pensar." Essa maior capacidade de raciocínio e compreensão favorece tanto o desempenho em disciplinas como português e matemática como nas demais.

A capacidade de se manter focada em uma atividade também é beneficiada pelo hábito de leitura, afirma Dickinson. "Quando assistimos à TV ou usamos o computador, a tecnologia prende nossa atenção. Já quando lemos um livro, precisamos fazer esse trabalho sozinhos." [...]

(Estadão)

Nota: Pais adventistas são estimulados a estudar a Lição da Escola Sabatina e a fazer o culto familiar todos os dias com os filhos, valendo-se de livros e revistas ilustrados. Essas atividades são uma bênção em si mesmas, mas a matéria acima apresenta um benefício adicional.[DB]

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Há chumbo no seu batom?

Muitos dos leitores já devem ter assistido aos vídeos sobre sustentabilidade produzidos pela ciberativista americana Annie Leonard, que, entre outros, fez o famoso “A História das Coisas” e também o “A História da Água Engarrafada”. Agora Annie, cujos vídeos na internet já foram vistos por mais de 10 milhões de pessoas, nos brinda com mais um de seus petardos. “A História dos Cosméticos”, lançado na semana passada, mostra a problemática que envolve a bilionária indústria de cosméticos no mundo todo: a segurança de vários dos produtos químicos utilizados nas fórmulas do shampoo nosso de cada dia, no desodorante, no batom. Ah, o batom… o vídeo alerta para o fato de que um singelo batomzinho pode conter níveis de chumbo acima das recomendações de segurança, o que pode causar distúrbios de comportamento e até de aprendizagem. Os dados dizem respeito particularmente ao mercado americano: há três anos, a ONG Campaign for Safe Cosmetics publicou um estudo onde denunciava que de 33 grandes marcas de batom testadas, 61% apresentavam chumbo na fórmula.

Só depois de dois anos, com a pressão dos consumidores, o Food and Drug Administration (FDA), órgão americano responsável pela segurança dos alimentos, remédios e cosméticos, se pronunciou sobre o tema, publicando uma pesquisa que revelou níveis de chumbo ainda maiores aos testados pela Campaing for Safe Cosmetics em 2007. Todas as marcas testadas pelo órgão apresentavam o elemento em suas composições. Apesar disso, o FDA afirmou não considerar a substância prejudicial à saúde por não ser ingerido pelos consumidores.

A campanha continua, e o objetivo é fazer com que o FDA estabeleça um limite máximo de chumbo nos produtos de maquiagem – o pesado lobby da indústria de cosméticos, no entanto, tem travado qualquer avanço nesse sentido.

(Andrea Vialli, Estadão)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"Dieta da TV" faz pessoa comer muito açúcar

Se os americanos comessem apenas os alimentos anunciados na TV, segundo um novo estudo, consumiriam 25 vezes mais que a quantidade recomendada de açúcar e 20 vezes mais a quantidade de gordura necessária, mas menos da metade da quantidade de laticínios, fibras e vegetais. Para o estudo, publicado no The Journal of the American Dietetic Association, os pesquisadores gravaram durante 28 dias o horário nobre da televisão, assim como a programação do sábado de manhã em quatro grandes emissoras de TV. Eles identificaram 800 alimentos promovidos em 3 mil anúncios e usaram um programa de computador nutricional para analisar o conteúdo dos itens, comparando os valores nutricionais dos alimentos com a pirâmide alimentar recomendada pelo governo, assim como as quantidades diárias recomendadas de vários nutrientes.

O estudo deduziu que os indivíduos se limitavam a 2 mil calorias por dia dos alimentos anunciados, disse o principal autor, Michael Mink, professor-assistente de ciências da saúde da Armstrong Atlantic State University, em Savannah, Georgia.

Uma dieta de 2 mil calorias composta apenas por alimentos de comerciais forneceria colesterol, gorduras saturadas e sal demais – sem a quantidade suficiente de nutrientes como íon, cálcio e vitaminas A, D e E.

“Apenas um dos alimentos anunciados sozinho fornece, em média, três vezes mais a quantidade de açúcar recomendada por dia e duas vezes e meia a quantidade de gordura recomendada”, disse Mink. “Isso significa que um item alimentício lhe oferece o equivalente à quantidade de açúcar suficiente para três dias.”

(G1 Ciência e Saúde)

Obesidade e hipertensão em indígenas

Um inquérito nacional sobre a saúde e nutrição dos povos indígenas aponta um aumento nos casos de obesidade, hipertensão arterial e diabetes. Segundo o Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, coordenado por pesquisadores da Fundação Nacional Oswaldo Cruz (Fiocruz), também são elevadas as prevalências de desnutrição em crianças e de anemia em mulheres e crianças. O estudo apresenta uma radiografia das condições de vida dos povos indígenas, que representam menos de 1% do contingente populacional brasileiro, e indica uma mudança no perfil epidemiológico-nutricional. A tuberculose se destacou como uma das mais importantes causas de morbimortalidade indígena em todo o país, em geral apresentando coeficientes de incidência superiores aos observados na população brasileira geral. Outra doença que preocupa é a malária, que atinge principalmente as populações indígenas situadas na região Norte, no oeste do Maranhão e no norte do Centro-Oeste.

O estudo chama a atenção para as condições ambientais favoráveis à transmissão de parasitas e microrganismos veiculados pela água e alimentos contaminados, que resultam em elevadas taxas de morbimortalidade por gastroenterites. Cerca de 60% das mortes em crianças com menos de um ano tem relação com o problema.

Uma em cada três crianças indígenas sofre de desnutrição, segundo o inquérito. Na região Norte, as prevalências foram de mais de 40%. Ao se olhar para outros parâmetros nutricionais, como a anemia, os índices ultrapassam os 50%.

Uma das explicações, segundo os pesquisadores, são as drásticas transformações nos estilos de vida associadas ao contato e à proximidade com os problemas típicos das grande cidades. O estudo verifica ainda tendência à redução na frequência e intensidade de atividades físicas, como decorrência de alterações importantes nas estratégias de subsistência e nos padrões de assentamento.

De acordo com a Fiocruz, os resultados do inquérito aprofundam e ampliam o conhecimento sobre saúde indígena no Brasil e os dados poderão subsidiar estratégias e políticas de saúde.

(Agência Fapesp)

Beber demais causa envelhecimento precoce

Cientistas italianos descobriram mais um efeito negativo do consumo excessivo de álcool: o envelhecimento precoce. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Milão, a bebida acelera o processo natural de envelhecimento das células - e pode também aumentar as chances de desenvolvimento de câncer. O estudo mostra que o álcool causa inflamações nos telômeros - longas fitas de DNA que formam as extremidades dos cromossomos. Os telômeros tornam-se mais curtos a cada divisão celular. Naturalmente, com o passar dos anos, ficam tão curtos que impedem a divisão das células - o que as danifica seriamente ou até mesmo destrói. Esse processo é conhecido como "envelhecimento replicativo."

O consumo excessivo de álcool, segundo os pesquisadores, acelera o processo de "encurtamento" dos telômeros. Como tal diminuição é também a causa de alguns tipos de câncer, os cientistas alertam para o fato de que a bebida pode contribuir para o surgimento da doença.

"Pessoas que bebem em demasia costumam ter o olhar abatido e frequentemente têm a aparência envelhecida. Eles também costumam desenvolver doenças típicas do envelhecimento ainda jovens", explica Andrea Baccarelli, cientista que liderou o estudo.

Durante o estudo, os cientistas dividiram em dois um grupo de 250 voluntários - todos tinham idades e características físicas semelhantes. Os participantes do primeiro grupo bebiam mais do que quatro doses de álcool por dia. Os resultados mostraram que o comprimento dos telômeros foi drasticamente reduzido nesses voluntários. Em alguns deles, o comprimento dos telômeros caiu quase a metade.

A pesquisa foi apresentada na conferência anual da Associação Americana de Pesquisa do Câncer.

(Veja)

Nota: Pelo visto, o mito do calicezinho diário de vinho para promover a longevidade era apenas isto mesmo: mito. E se alguém quiser argumentar dizendo que uma pequena dose não faz mal, é bom lembrar que nenhum alcoólatra começou bebendo uma garrafa por dia. Por que arriscar?[DB]

Panqueca salgada integral

Não sei quanto a você, mas gosto muito de panquecas (doces e salgadas). Fiz essa receita para o sábado passado. Recheei com homus (patê de grão de bico). Ficou muito gostoso. Aí vai:

Ingredientes:

3 xíc. de aveia
1 xíc. de trigo branco
1/2 xíc. de castanha-do-pará
1/2 c. s. de sal
3 xíc. de água

Modo de fazer:

Junte todos os ingredientes e bata no liquidificador. Aqueça uma frigideira antiaderente e despeje 3 colheres de sopa da massa para cada panqueca [despejei uma concha média para cada panqueca]. Asse os dois lados. Recheie com o patê de sua preferência.

Bom apetite!

(Karina Carnassale Deana, karinadeana@yahoo.com.br)

Contos de fadas não fazem bem às crianças

Pai de seis e avô de nove, o psicoterapeuta Zenon Lotufo Jr. sempre gostou de contar histórias às crianças da família. Mas nunca gostou muito dos contos de fadas. Lotufo avalia que, em grande parte desses contos, o medo de cair nas garras de uma bruxa ou de ser punida (como ela será, no final) serve para manter uma atitude de subserviência e não contribui para o amadurecimento da criança - ao contrário do que sustentam algumas correntes da psicanálise.

Para o senhor, contos de fadas não são benéficos?

Um dos problemas é que se generaliza, como se qualquer dessas histórias tivesse papel positivo. Muitas levam ao conformismo, usam o medo como forma de dominação e apresentam crueldades incríveis.

Até as versões "suavizadas"?

Os contos de fadas sempre foram adaptados às características de cada época. Os irmãos Grimm fizeram isso. Mas há autores que dizem que eles domesticaram os contos, que deveriam voltar a ser como eram. E eram muito cruéis. Não há provas de que a criança se beneficie disso. Esses contos surgiram em uma cultura em que o medo era moeda corrente. Todo mundo vivia com medo.

Hoje, também vivemos com medo...

Sem dúvida, mas é diferente pensar na Europa dos séculos 13 ao 18, com a cultura da culpabilização por meio da religião, as pestes, as guerras, a fome. Os contos de fadas de que estamos falando surgiram nesse contexto e em grande medida reforçavam esse medo para manter a obediência das pessoas. Em geral, culpavam as mulheres e as crianças (quando eram curiosas e desobedientes) pelos problemas.

O fato de ter sempre um final feliz não é positivo?

A mulher e a criança raramente têm um papel ativo no final feliz. Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderela são salvas magicamente. Essa passividade das heroínas tem uma mensagem clara: quem é boazinha, submissa, vai ser salva por um príncipe.

Então não seriam histórias para as crianças de hoje?

As histórias estão aí, ninguém vai suprimir isso. Mas é importante que o adulto que conta a história discuta esses aspectos com as crianças. Outra coisa importante é pensar se são adequadas à idade. Criança muito pequena pode ficar apavorada e não vai entender uma explicação que as contextualize.

Há entre essas histórias as que podem ser benéficas?

Algumas têm uma mensagem claramente positiva. O "Patinho Feio", por exemplo, mostra alguém que é maltratado porque pertence a outro grupo, ajuda a entender o problema da discriminação.

Os contos podem ajudar a criança a elaborar os próprios medos, como perder a mãe ou ser abandonada?

Não há comprovação de que os contos tenham essa função e de que as crianças gostam deles por isso.

E por que continuam fazendo sucesso e atraindo tanto as crianças?

Eu não sei se eles atraem mais as crianças ou os pais. Sempre foram usados como um meio de levar à obediência: não discuta, é assim mesmo. A Chapeuzinho Vermelho é curiosa e desobediente, por isso se dá mal.

Em sua opinião, esses contos não cabem na cultural atual?

Tanto esses contos como muitos super-heróis modernos passam a ideia de um bem completo e um mal completo. Não acho que essa visão maniqueísta faça bem. De uma forma geral, havendo alternativa de uma coisa mais saudável e até mais "contracultural", acho melhor para a criança.

Seria o caso de um filme como "Shrek", em que os personagens típicos dos contos de fada aparecem em papéis invertidos em relação aos "bons" e aos "maus"?

Pode ser. O ogro sempre foi o mal e é apresentado de outra forma, como herói. Isso é uma forma interessante de abordar o assunto.

(Folha.com)

Nota: Continuo preferindo as belas, reais e morais histórias bíblicas, utilizadas de acordo com cada faixa etária.[DB]
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