sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bactéria resistente contamina 25% da carne americana

Pedaços de carne obtidos em mercados de cinco cidades dos Estados Unidos revelaram a existência de uma bactéria resistente em quase 25% da carne bovina, de frango, porco e peru oferecida aos consumidores, demonstra um estudo publicado nesta sexta-feira. O estafilococo aureus, bactéria que pode provocar infecções na pele, pneumonia, septicemia ou endocardite, foi encontrado em 47% das mostras, segundo o estudo publicado pela revista Clinical Infectious Diseases. Mais da metade (52%) das amostras infectadas continha uma dura cepa do estafilococo aureus, resistente a pelo menos três tipos de antibióticos. Na maioria dos casos, a bactéria morre durante o preparo do alimento, mas os riscos de contaminação podem estar na manipulação da carne crua na cozinha e de outros utensílios, ou no consumo de carne muito mal passada.

“Pela primeira vez, sabemos quanto de nossa carne e aves está contaminada com um estafilococo resistente aos antibióticos, e é essencial saber”, afirmou Lance Price, do Translational Genomics Research Institute de Phoenix, Arizona, coordenador do estudo. “O assunto é preocupante e exige atenção sobre como são utilizados os antibióticos na atual produção de alimentos para animais”, completou Price, para quem “provavelmente” a bactéria resistente “está na comida dos próprios animais”.

O estafilococo aureus não figura entre as quatro bactérias que habitualmente o governo americano busca nas análises que faz da carne: salmonela, campylobacter, escherichia coli e enterococo.

Mais de dois milhões de pessoas são infectadas nos Estados Unidos anualmente com estas bactérias. Centenas delas morrem, com um risco maior para crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico vulnerável.

As 136 mostras obtidas incluíram 80 marcas de carne e foram retiradas de 26 mercados nas cidades de Los Angeles, Chicago, Fort Lauderdale (Flórida), Flagstaff (Arizona) e na capital Washington DC.

O estudo mostra que a bactéria foi encontrada dentro da carne e, portanto, não é, em absoluto, provável que a presença seja motivada pela manipulação. A culpa provavelmente recai sobre “as granjas industriais com densidade de estoque, onde os alimentos animais sistematicamente têm pequenas doses de antibióticos (...), ideal para um caldo de cultivo para bactérias resistentes que passam dos animais aos humanos”, destaca o estudo.

“Os antibióticos são os medicamentos mais importantes que temos para tratar infecções por estafilococo; mas quando o estafilococo é resistente a três, quatro, cinco e até mesmo nove antibióticos diferentes - como comprovamos neste estudo -, os médicos ficam com poucas opções”, afirmou Price.

O documento não avalia os riscos para a população desta cepa de estafilococo. “Agora, precisamos determinar o que significa isto em termos de risco para a saúde do consumidor”, disse o co-autor Paul Keim, diretor do Center for Microbial Genetics and Genomics da Northern Arizona University.

(Terra)

Nota: Isso lá nos EUA. Agora imagine países em que a fiscalização é muito menos eficiente... Está na hora de levarmos mais a sério as palavras de Ellen White: “A luz que me é dada é que não tardará muito, teremos de abandonar o uso de alimentos animais. Mesmo o leite terá de ser rejeitado. Acumula-se rapidamente a doença. Acha-se sobre a Terra a maldição de Deus, porquanto os homens a arruinaram. Os hábitos e práticas dos homens levaram a Terra a tal condição que algum outro alimento precisa substituir a carne para a família humana. Não necessitamos absolutamente de alimento Cárneo. Deus nos pode dar outra coisa” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 384, 385). Evidentemente que tudo deve ser feito com equilíbrio e oração. Precisamos pesquisar para saber que “outro alimento” usar em lugar da carne. Mas precisamos tomar sérias atitudes a esse respeito.[DB]

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Até o consumo moderado de álcool causa câncer

Mesmo se consumido moderadamente, o álcool aumenta as chances de surgimento de tumores. É o que revela uma pesquisa de cientistas da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Pesquisas anteriores já relacionavam a ingestão de bebidas alcoólicas ao câncer, mas, desta vez, os pesquisadores encontraram indícios de que o risco não está apenas em casos de consumo excessivo de bebida. Até quem consome álcool em quantidade inferior ao limite diário recomendado - o equivalente a uma taça de vinho, uma dose de uísque ou 250 mililitros de cerveja - corre mais risco de sofrer de câncer do que pessoas abstêmias. De acordo com a pesquisa, publicada no British Medical Journal, 1 em cada 10 casos da doença em homens, e 1 a cada 33 nas mulheres, é causado pelo álcool na Grã-Bretanha. Embora a maioria dos casos seja provocada pelo consumo de bebidas em excesso, os pesquisadores britânicos afirmam que o risco existe entre quem consome álcool moderadamente - e as chances de aparecimento de tumores não diminuem significativamente assim que a pessoa abandona definitivamente a bebida.

O álcool é responsável por, pelo menos, 13.000 casos de câncer por ano - incluindo os tumores de mama, boca, esôfago e intestino. Os pesquisadores analisaram dados de 360.000 pessoas com idade entre 35 e 70 anos de oito países europeus. O consumo diário de três doses de bebida para homens e uma e meia para as mulheres foi o ponto de partida para o estudo. Descobriu-se que os tumores de faringe, esôfago, laringe e fígado são os mais comuns entre os causados pelo álcool.

A pesquisa britânica integra a maior investigação já conduzida na Europa sobre a relação entre câncer e alimentação. “Os resultados desse estudo são um reflexo dos hábitos de consumo de bebida que essas pessoas tinham há 10 anos. Mas hoje se bebe ainda mais, e isso pode ser um sério fator de causa para cânceres futuros”, diz Naomi Allen, que participa da pesquisa.

(Veja)

Leia também: "Consumo de álcool começa na juventude"
Related Posts with Thumbnails