Todos sabem que pessoas que se exercitam regularmente tendem a permanecer mais saudáveis com o envelhecimento. E um novo estudo ajuda a explicar, em nível celular, por que isso acontece. Segundo pesquisadores da Universidade de Saarland, na Alemanha, essas pessoas – no estudo, corredores de elite – teriam células com aparência mais jovem ao microscópio, apresentando telômeros mais longos (fitas de DNA que diminuem de comprimento com as divisões celulares). Os telômeros protegem os cromossomos que carregam os genes durante a divisão celular. E, com seu encurtamento, as células vão ficando impossibilitadas de se dividir e morrem. Pesquisadores acreditam que esse processo está intimamente associado ao envelhecimento, e faz com que as pessoas fiquem mais vulneráveis a doenças como as cardiovasculares, o diabetes e o câncer. "Telômeros podem ser considerados como o relógio biológico", destacou o pesquisador Ulrich Laufs.
Na pesquisa, em testes com ratos, os pesquisadores notaram que aqueles que se exercitavam na rodinha de correr por três semanas apresentavam evidências de aumento da produção de proteínas que estabilizam os telômeros, protegendo-os contra a morte celular. Em estudos com humanos, atletas profissionais de meia-idade que, há anos, corriam cerca de 80km por semana apresentaram telômeros mais longos do que pessoas saudáveis da mesma idade que não se exercitavam regularmente.
"É a primeira vez que é mostrado, em nível molecular, que os exercícios tem um efeito anti-envelhecimento sobre o sistema cardiovascular", ressaltou o pesquisador, acrescentando que o estudo complementa um anterior com gêmeos, que mostra que o irmão que fazia exercícios regularmente teria telômeros similares a pessoas dez anos mais jovens.
(Edição Prévia de Circulation. Edição de 15 de dezembro de 2009)
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