quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vida urbana afeta cérebro humano

Um estudo publicado [na] quarta-feira (22) mostra que a vida urbana afeta o cérebro, mostrando a relação entre a ativação de duas regiões do cérebro e o fato de as pessoas terem crescido ou viverem em cidades. “Basicamente a atividade cerebral em situações de estresse está ligada à urbanicidade [o fato de viver na cidade]”, afirmou ao iG Andreas Meyer-Linderberg, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, principal autor da pesquisa, publicada no periódico especializado Nature. Estudos anteriores já haviam mostrado que a saúde mental das pessoas é afetada negativamente pela vida urbana. Problemas relacionados à ansiedade, por exemplo, são mais prevalentes em pessoas que vivem em cidades e a incidência de esquizofrenia é maior em pessoas nascidas e criadas em regiões urbanas, mas ninguém havia ainda buscado medir os processos neurais por detrás deles.

Meyer-Linderberg tomou exatamente esta direção: coletar dados da reação do cérebro a situações de estresse. Em conjunto com um grupo de pesquisadores, ele analisou o que ocorria com o cérebro de estudantes alemães enquanto estes realizavam testes matemáticos e recebiam feedback positivo ou negativo. Ao serem submetidos à situação de estresse (feedback negativo), o cérebro dos jovens que haviam crescido em cidades ou que vivem em centros urbanos ficou mais ativo do que os que crescerem ou vivem em áreas rurais. Em especial, a diferença se deu em duas áreas relacionadas ao processamento das emoções, a amigdala (no caso dos que cresceram nas cidades) e o córtex cingulado anterior (no caso dos que habitam nelas). Ou seja: crescer e viver em áreas urbanas afeta a forma como os neurônios processam o estresse.

A descoberta foi feita com base em imagens produzidas por ressonância magnética funcional, uma técnica de visualização de ativação do cérebro em tempo real. [...]

(Último Segundo)

Nota: Segundo a Bíblia, o ser humano foi criado num jardim, para viver em harmonia com a natureza e não em selvas de pedra.[DB]

Espanha faz alerta sobre consumo de atum

De acordo com as recomendações da agência, citadas pelo diário espanhol El País, em causa está o elevado nível de mercúrio que os grandes peixes podem conter, assim como o cádmio dos crustáceos e os nitratos presentes em alguns legumes. Até agora a Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição recomendava que as grávidas e as crianças com menos de três anos não consumissem mais do que 100 gramas de espadarte ou de cação uma vez por semana, ou mais de duas porções de atum. Isso porque essas grandes espécies acumulam nos seus tecidos gordos o mercúrio que absorvem através das guelras e na sua forma mais tóxica: o metilmercúrio. O mercúrio é um químico que está presente naturalmente no ambiente, mas também resulta da poluição industrial. Quase todos os peixes contêm metilmercúrio, mas as espécies com vida mais longa e os predadores maiores, como o tubarão ou o espadarte, acumulam maiores quantidades da substância e oferecem maior risco para a saúde dos consumidores habituais – o que é agravado nos casos das grávidas e crianças com menos de três anos.

O período pré-natal é a fase da vida humana mais susceptível à exposição ao metilmercúrio, sendo mais grave quando ocorre no segundo trimestre da gravidez, podendo provocar atrasos no crescimento e danos neurológicos permanentes. Tal fato é explicado pela maior sensibilidade do sistema nervoso em desenvolvimento que apresenta uma barreira hematoencefálica mais permeável devido a uma imaturidade do sistema de transporte e na capacidade de fazer de barreira, facilitando a absorção do metilmercúrio. [...]

“Concluímos não só que não havia margem para relaxamento, como que a maioria das mulheres e das crianças já estão próximas dos limites aceitáveis desse tóxico”, disse ao El País Victorio Teruel, responsável pela área de gestão de riscos químicos da Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição. E explicou que agora a recomendação é de que as grávidas e crianças com menos de três anos não comam de todo espadarte, tubarão ou atum e que as crianças dos três aos 12 não ultrapassem os 50 gramas por semana. [...]

(Público)

Nota: Para os que comem peixe, em relação ao atum, talvez o melhor seja seguir a recomendação: na dúvida, não ultrapasse. Note que esses riscos praticamente não existem para aqueles que seguem as recomendações de Levítico 11, que dizem respeito, também, ao não consumo de peixes que não tenham barbatana e escamas.[DB]

terça-feira, 21 de junho de 2011

A ciência adverte: fumar maconha emburrece

Um recente estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acaba de ratificar o que já havia sido objeto de pesquisa em outros países: o hábito de fumar maconha frequentemente, mesmo que em pouca quantidade, pode danificar seriamente a área do cérebro responsável pela memória. Por sua vez, [...] a chamada “corrente progressista” - são cerca de 190 milhões de usuários no mundo segundo a ONU - que luta pela legalização do cultivo, venda e consumo da maconha, acaba de sofrer um duro golpe. Nos EUA, a Califórnia, primeiro estado a oficializar o uso medicinal da cannabis em 1996, rejeitou, em referendo popular, tal proposta. Mesmo para uso medicinal o uso da maconha foi ainda rejeitado, pela corrente de conservadores, nos estados de Oregon e Dakota do Sul. Medida de bom senso contra uma droga, com seu componente psicoativo (tetrahidrocannabinol - THC), cada vez mais potente hoje - vide a maconha hidropônica - que nada tem de tão recreativo assim.

Uma opinião, das mais importantes, já citada inclusive em artigo do jornalista Jorge Antônio Barros de O Globo, que coloca em xeque o pressuposto de que a maconha é uma droga inofensiva, parte da diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (EUA), a mexicana Nora Volkow, ao afirmar: “Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva. Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo (THC) há interferências sob controle do apetite, memória e humor. Isso causa desde aumento da ansiedade, até a perda de memória e depressão. [...]

A professora de psiquiatria Maria Teresa Costa de Aquino, da FCM/UERJ, diretora do Nepad (Núcleo em Atenção ao Uso Indevido de Drogas), no Rio, afirma que a maconha pode causar síndrome amotivacional, um estado letárgico de falta de motivação para o trabalho, estudo, atividades físicas e outras tarefas do dia a dia. “A maconha de que falamos hoje não é a mesma de 20 ou 30 anos atrás.A percentagem de substância alucinógena é bem maior”, diz a estudiosa.

Outros estudiosos afirmam que a maconha, em uso contínuo, pode levar os dependentes a um estado agressivo exacerbado e dar causa a episódios psicóticos. [...]

Chega agora a notícia de que o uso prolongado do álcool - droga lícita - causa talvez mais danos do que o crack e a heroína. [...] Já nos bastam os males causados em todo mundo pelo alcoolismo e o tabagismo. Drogas não agregam valores sociais positivos. Há outros prazeres para os jovens, na vida, sem que necessitem da busca (falsa) do “mundo colorido” através de estados alterados de consciência. O bom senso determina a proteção de nossas futuras gerações no posicionamento contrário à descriminalização de drogas. Aos pais e responsáveis fica o alerta de que, neste caso, o preço da felicidade é a eterna vigilância de seu filhos. A maconha é uma perigosa porta aberta para o caminho da destruição.

(Milton Corrêa da Costa, O Globo)

Nota: A despeito de todos esses males, o STF aprovou que se façam manifestações (marchas) de apoio ao uso da maconha. O estilo de vida desregrado (chamado por alguns de “liberdade”) e o estilo de vida homossexual, assim como o consumo de drogas (“lícitas” ou não) também são comprovadamente prejudiciais à saúde, no entanto, cedendo a prossões, os governantes e magistrados têm dado apoio a manifestações que enaltecem essas coisas. Mundo difícil o nosso...[DB]

Estresse é transmitido por gerações

Pais passam seus genes para filhos, que são iguais aos recebidos dos avós. Esse é o senso comum, mas, com o passar do tempo, o determinismo genético tem sido menos aplicado na medicina. Por outro lado, hábitos adquiridos e alterações causadas pelo ambiente são cada vez mais detectados. Comer muito fast food, fumar e levar uma vida estressante pode deixar marcas que serão carregadas por gerações. O organismo se adapta ao meio e isso é transmitido geneticamente para os descendentes. E não é só em questões físicas, mas também em predisposições genéticas para doenças, como o diabetes e o câncer, e suscetibilidade ao estresse. A epigenética, como é conhecido esse fenômeno, foi um dos temas do 7º Congresso Brasileiro Cérebro, Comportamento e Emoções, [de] 15 a 18 de junho, em Gramado, RS. “O DNA de uma pessoa é sempre o mesmo, mas ele possui marcadores que levam à diferenciação celular, por exemplo, o que indica que uma célula vira pele e outra, neurônio. E o ambiente também influência a expressão genômica”, explica o psiquiatra Marcelo Allevato. Os tais marcadores indicam ainda características comportamentais e cognitivas.

Segundo ele, doenças metabólicas, como diabetes, podem ser influenciadas pelos hábitos alimentares dos pais. Quem come muito açúcar e gordura pode ter alterações genéticas que vão determinar se seus filhos terão mais vulnerabilidade a esses ingredientes e doenças correlatas. Filhos de mães que já fumaram alguma vez na vida têm risco aumentado de câncer no pulmão e obesidade, também por mudanças na genética da mãe que são passadas para o filho.

Quando somos jovens o DNA tem mais plasticidade e por isso é mais suscetível a essas alterações, com o passar dos anos, certos trechos são inativados e outros são expressos de acordo com o ambiente.

“A Holanda é um dos países com maior estatura média da população. No pós-segunda-guerra, o país enfrentou falta de comida, e a população ficou mais baixa. Mesmo após algumas gerações bem alimentadas, a alta estatura demorou a voltar na maioria dos holandeses. Esse é um sinal de como o ambiente influenciou nas características genéticas”, conta Allevato.

O médico faz uma pergunta que cabe a todos nós: “Até que ponto vale a pena viver uma vida estressante e arcar depois com sequelas como diabetes, depressão, ansiedade e transtornos do sono?” Para ele, mesmo que por um pequeno período de tempo, o estresse pode acarretar danos para o resto da vida.

Uma pesquisa feita com mulheres grávidas durante os atentados do 11 de setembro no World Trade Center indicou que o estresse passado por elas passou para os bebês. Os níveis de cortisol (hormônio do estresse) eram baixos tanto nas mulheres que apresentavam transtorno de estresse pós-traumático quanto em seus filhos com menos de um ano.

“Percebemos que há uma mudança biológica, não sei se podemos atribuí-las à genética, mas com certeza algo foi programado diferente”, explica Rachel Yehuda, líder da pesquisa da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York (EUA).

Outro estudo, em Atlanta, analisou filhos de moradores de um bairro rico e de um pobre da cidade, e constatou que filhos do primeiro grupo apresentavam maior vulnerabilidade ao estresse e depressão.

(UOL Ciência e Saúde)

Nota: Isso coloca responsabilidade ainda maior sobre os ombros daqueles que pretendem ser pais. O estilo de vida que adotamos, além de trazer impactos positivos ou negativos sobre nós mesmos, vai afetar a vida dos nossos descendentes. Viver de acordo com a vontade de Deus é, também, lima prova de amor ao próximo – ao próximo filho, neto...[DB]
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