quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Inatividade física: problema de saúde pública

Dois artigos de uma revista inglesa British Journal of Sports Medicine que publica artigos relevantes na área esportiva, comentam numa edição deste ano um assunto muito importante referente às consequências da inatividade física. A maioria das pessoas conhece ou já ouviu falar, de alguma forma, dos efeitos benéficos da atividade física para a saúde física e mental. O primeiro tópico sugere que a inatividade física é um dos maiores problemas de saúde pública do século XXI. Dados que levaram o autor do artigo Steven N. Blair chegar a essa conclusão foram obtidos no “Aerobics Center Longitudinal Study (ACLS)”. Argumenta-se que um grande número de mortes em uma população poderia ser evitado se um específico fator de risco estivesse ausente – a inatividade física. Por exemplo, se todos os fumantes fossem não-fumantes ou todas as pessoas inativas fizessem 30 minutos de caminhada, pelo menos cinco vezes por semana, esse quadro poderia mudar. [...]

"Enquanto grandes avanços têm sido realizados para a redução dos fatores ambientais que influenciam as doenças, como vacinas e higiene, pouco tem sido feito em relação a outros fatores como a inatividade física. É frustrante pensar que pouco tem sido feito para um fator que está sob nosso controle. Existem muitas evidências científicas provando os benefícios do exercício na prevenção de diabete, hipertensão, câncer, depressão, osteoporose, demência, etc.

"Resumindo, existe uma grande correlação entre atividade física e mortalidade. Além dos efeitos da atividade física na morbilidade e mortalidade, existem claras razões econômicas para tentar aumentar a prática de atividades físicas da população. Não é o foco deste artigo mostrar em números, os gastos para tratamentos dessas doenças.

Concluindo, esses estudos sugerem que os sistemas de saúde poderiam começar a pensar na atividade física como uma medicação que poderia ser prescrita para os pacientes.

Os tópicos desses artigos publicados nesta edição do Bristish Journal of Sports Medicine fornecem bases e justificativas para darmos mais atenção para a atividade física na clínica e no cenário de saúde púbica.

(Vya Estelar)

Nota: Há cem anos, Ellen White escreveu: "Não obstante tudo quanto se diz e escreve sobre sua importância, existem ainda muitos que negligenciam o exercício físico. Muitos se tornam corpulentos porque o organismo está carregado; outros ficam magros e fracos por terem exaustas as forças vitais em dar conta de um excesso de comida. O fígado é sobrecarregado em seu esforço de limpar o sangue das impurezas, dando em resultado a doença. Aqueles cujos hábitos são sedentários devem, quando o tempo permitir, fazer exercício ao ar livre todos os dias, de verão e de inverno. Caminhar é preferível a andar a cavalo ou de carro, pois movimenta mais músculos. Os pulmões são forçados a uma ação benéfica, uma vez que é impossível andar em passo rápido sem os dilatar. Tal exercício seria, em muitos casos, melhor para a saúde do que drogas" (A Ciência do Bom Viver, p. 240).

Comer devagar diminui ingestão de calorias em 10%

As mães sempre pedem aos filhos na mesa de jantar que tenham calma e mastiguem bem a comida. Aparentemente, elas têm um motivo para isso. Pesquisadores descobriram evidências, ao longo dos anos, que quando as pessoas devoram os alimentos acabam consumindo mais calorias do que quando se alimentam num ritmo mais lento. Um motivo é o efeito da ingestão mais rápida sobre hormônios. Num estudo publicado no mês passado, cientistas descobriram que quando um grupo de participantes recebia uma porção idêntica de sorvete em diferentes ocasiões, eles liberavam mais hormônios que davam a sensação de saciedade quando tomavam o sorvete em 30 minutos, em vez de 15. Os cientistas coletaram amostras de sangue e mediram a insulina e os hormônios do trato intestinal antes, durante e depois do sorvete. Eles descobriram que dois hormônios que sinalizam a sensação de saciedade, ou de “estar cheio”, mostraram uma resposta mais pronunciada quando os participantes tomaram o sorvete mais devagar.

A sensação de saciedade leva a comer menos, como sugeriu outro estudo publicado no The Journal of the American Dietetic Association em 2008. Nesse estudo, os participantes relataram maior saciedade e consumiram aproximadamente 10% menos calorias quando comeram devagar, em comparação a quando simplesmente “engoliram” os alimentos. Em outro estudo, com 3 mil participantes, publicado no The British Medical Journal, as pessoas que informaram comer rapidamente e comer até se sentirem “cheias” tiveram risco três vezes maior de estarem acima do peso em comparação a outras pessoas.

Em outras palavras, os especialistas afirmam que diminuir o ritmo e saborear mais os alimentos é bom e não dói.

(UOL)

Nota: "A fim de assegurar saudável digestão, o alimento deve ser comido vagarosamente. Os que quiserem evitar a dispepsia, e os que compreendem a obrigação que têm de conservar todas as suas faculdades em condições que lhes permitam prestar a Deus o melhor serviço, farão bem em se lembrar disto. Se vosso tempo para comer é limitado, não comais apressadamente, mas comei menos, e mastigai devagar. O benefício derivado do alimento não depende tanto da quantidade de comida, quanto da digestão completada; nem a satisfação do paladar depende tanto da quantidade de alimento engolido quanto depende do tempo que o mesmo permanece na boca. Os que são agitados, ansiosos ou apressados, fariam bem em não comer até que tivessem encontrado tranquilidade ou repouso; pois as forças vitais, já duramente sobrecarregadas, não podem suprir os necessários fluidos digestivos" (Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 107).

Gosto compulsivo por doces na infância e depressão

Apesar de a maioria das crianças gostar de doces, um estudo americano publicado na revista Addiction revelou que o gosto compulsivo por bolos, chocolates, rebuçados ou bebidas muito açucaradas na infância pode estar relacionado com depressão ou com um maior risco de futuros problemas com álcool. De acordo com os investigadores do Monell Chemical Senses Center, nos EUA, o estudo realizado com crianças entre os cinco e os 12 anos mostrou que as que eram “viciadas” em produtos muito doces apresentavam com maior frequência sintomas de depressão e tinham maioritariamente um familiar próximo com problemas de alcoolismo. As três centenas de crianças avaliadas, sendo que metade tinha casos de alcoolismo na família, tiveram de experimentar cinco bebidas doces, com diferentes quantidades de açúcar. Para além de terem sido questionadas sobre a bebida que mais lhes agradava, também lhes foram colocadas questões para verificar se tinham sintomas de depressão.

Um quarto das crianças revelou sintomas depressivos, mas as 37 que elegeram a bebida mais doce (continha 24 por cento de sacarose, o equivalente a 14 colheres de chá de açúcar numa xícara de água) como a sua favorita, para além dos sintomas de depressão, apresentaram um histórico familiar de dependência de álcool.

De acordo com os investigadores, embora o gosto por doces e álcool provoque muitos dos mesmos circuitos de recompensa do cérebro e o consumo de doces seja necessário [?] para as crianças deprimidas se sentirem melhor, esta investigação não esclareceu se o gosto por doces está relacionado com mecanismos bioquímicos ou, por outro lado, com a educação.

Os investigadores consideram então que, apesar de estas conclusões serem “interessantes”, um estudo não é suficiente para fazer generalizações, pelo que será necessária mais investigação nesta área.

(Ciência Hoje)

Nota: "As crianças devem aprender que têm de comer para viver, e não viver para comer. Esses hábitos devem começar a ser implantados já na criancinha de braço. Ela só deve tomar alimentos a intervalos regulares, e menos freqüentemente, à medida que vai tendo mais idade. Não convém dar-lhe doces, ou comidas dos adultos, que é incapaz de digerir. O cuidado e a regularidade na alimentação dos pequeninos não somente promove a saúde, tendendo assim a torná-los sossegados e mansos, mas lançará o fundamento para os hábitos que lhes serão uma bênção nos anos posteriores" (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 383).

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Temperamentos diferentes

Você já ouviu dizer que a incompatibilidade de gênios poderia ser uma razão lícita para a separação de um casal? Será que um casamento entre pessoas de temperamentos diferentes não poderia ter sido um erro, sendo necessária uma reparação, como a separação, por exemplo?

Claro que não, pelo menos para as pessoas que resolveram aceitar a Bíblia como a autoridade e o critério máximo para a própria conduta. É na Palavra de Deus que encontramos a verdade de que "todas as coisas [inclusive uniões entre pessoas de temperamentos diferentes] contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28). Veja que o texto é totalmente inclusivo: o "todas as coisas" do apóstolo não deixa nada de fora! Isso quer dizer que mesmo o fato de um casal possuir temperamentos diferentes deveria ser encarado pelos cristãos como uma contribuição para o seu bem, para o crescimento, e não como desvantagem.

Mas em que sentido um casamento entre pessoas tão diferentes, com um potencial tão grande para conflitos, poderia ser uma vantagem? Quem responde é outra autora inspirada: "Está no propósito de Deus que pessoas de diferentes temperamentos se associem... Por este meio será cultivada mútua consideração e tolerância, os preconceitos serão amenizados e abrandados os pontos fortes do caráter. Deve garantir-se a harmonia, e o intercambio de temperamentos será benéfico a cada um" (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 427).

Então, decida hoje a, com a ajuda de Deus, extrair o maior benefício dessas diferenças entre você e as pessoas com quem você se relaciona, especialmente o seu cônjuge.

(Marcos Faiock Bomfim, www.outraleitura.com.br)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Como perder peso e manter a forma

A revista Veja desta semana trata da importância de se adotar um estilo de vida saudável para que se possa perder peso e manter a silhueta, com saúde. Segundo a reportagem de capa, "o problema é manter o novo peso por um longo período - de preferência, para o resto da vida. Nas últimas duas décadas, especialistas de diversos centros de pesquisa no mundo têm se dedicado a estudar o que fazem os 20% dos homens e mulheres que, como Daniela, conseguem escapar do famigerado efeito sanfona. A constatação é que os magros para sempre seguem uma rotina férrea". A metéria prossegue: "Maior estudo já realizado sobre o assunto, o 'National weight control registry' (NWCR) é uma força-tarefa criada em 1994 por médicos das universidades Brown e do Colorado, nos Estados Unidos. Atualmente, os pesquisadores acompanham 5.000 ex-obesos que perderam, no mínimo, 13 quilos e que preservam o novo peso há pelo menos um ano. ... Os participantes do NWCR cultivam as mesmas estratégias para manter o peso. Praticar uma hora de atividade física diariamente, tomar café da manhã todos os dias, fazer a maior parte das refeições em casa, não sair da linha nos fins de semana e pesar-se regularmente são algumas delas. 'É um esforço e tanto, porque a vida moderna conspira contra os hábitos de vida saudáveis', diz o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente eleito da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade. (...)

"Um dos fatores fundamentais para a manutenção do peso é a prática regular de exercícios físicos. Durante a fase de perda de peso, para a maioria das pessoas é mais fácil reduzir o número de calorias ingeridas do que queimar o excesso suando na esteira da academia, durante uma ou duas horas. Além disso, quem começa a praticar atividade física para perder peso tende a comer mais, recuperando parte ou mesmo todas as calorias queimadas no exercício. Um estudo publicado em 2009 na revista científica Plos One acompanhou um grupo de 460 mulheres gordinhas, sem o hábito de fazer exercício físico. Divididas em dois grupos, algumas começaram a fazer ginástica e outras se mantiveram sedentárias. Nenhuma delas alterou os hábitos alimentares. Ao final, constatou-se que a perda de peso nos dois grupos fora praticamente a mesma. Na fase da manutenção do peso adequado, a história é outra. A longo prazo, é muito mais difícil cortar calorias no prato do que queimá-las na esteira. Cerca de 90% das pessoas que se livram do efeito sanfona praticam exercícios físicos todos os dias. Os voluntários do estudo americano, por exemplo, veem apenas oito horas, em média, de televisão por semana - contra as 28 horas semanais da média americana. 'Essas pessoas não são necessariamente viciadas em ginástica, mas incorporaram a atividade física à sua rotina', diz James Hill, um dos organizadores do NWCR. A chave é encarar a ginástica como um hábito tão imprescindível quanto escovar os dentes ou tomar banho. A vantagem da atividade física é que ela não só queima as calorias necessárias para fechar a operação matemática do dia como tem o efeito de aumentar o metabolismo de repouso até o dia seguinte - quer dizer, ainda que a pessoa faça exercícios em dias alternados, ela ganha um bônus de calorias para consumir no dia sem ginástica." (...)

Em seguida, a reportagem menciona que uns 15% das pessoas têm genética favorável à manutenção do peso ideal, mas adverte: a manifestação dos genes depende muito dos hábitos de vida.

"Além do clássico binômio dieta e atividade física, outros dois fatores têm ganhado relevância na equação da manutenção do peso: sono reparador e controle do stress. Antes alocados numa lista de fatores que influenciam o peso de maneira secundária, o sono e o stress subiram de categoria, ficando apenas um degrau abaixo dos hábitos alimentares e dos exercícios físicos. A ciência já sabe que noites maldormidas levam a um aumento na produção de grelina, o hormônio do apetite, e à redução na síntese de leptina, responsável pela saciedade. Já o stress aumenta a liberação de cortisol, hormônio que contribui para o acúmulo de gordura visceral. A idade também é um elemento importante. Um estudo ainda inédito que mediu o gasto calórico diário de 800 mulheres atendidas no Hospital das Clínicas de São Paulo mostrou que, em repouso, as moças de 30 anos queimam 100 calorias a mais que as de 50. Assim, sem fazer nada. 'A conclusão óbvia é que não adianta uma mulher de 50 anos querer ter o mesmo peso de quando tinha 30, se mantiver os mesmos hábitos alimentares e o mesmo padrão de atividade física', diz a endocrinologista Sandra Villares, responsável pelo Laboratório de Estudos Moleculares da Obesidade da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A partir dos 30 anos, com a queda natural no ritmo do metabolismo, mulheres e homens ganham, em média, 4 quilos a cada década. Ou seja, quanto antes ocorrer a perda de peso, mais fácil será manter a silhueta alinhada. E os anos, assim, também serão menos pesados."

Nota: Embora os adventistas que seguem os conselhos de saúde ensinados pela igreja o façam por motivos mais espirituais (comunhão e adoração a Deus) do que físicos, estes acabam sendo conequência do estilo de vida saudável. É interessante notar que os estilo de vida que os cientistas têm prescrito hoje em dia é exatamente o que a Bíblia já ensina há milênios.[DB]

Estilo de vida adventista não é igual a veganismo

A pedido do meu esposo, nossa amiga Karina Carnassale Deana partilhou conosco um texto que produziu para esclarecer a diferença entre o vegetarianismo defendido pelo adventismo e o veganismo:

Tenho notado cada vez mais nossos irmãos e irmãs em Cristo utilizarem o termo “vegan” ou “vegano” para definir sua dieta alimentar. Alguns até mesmo se autodenominam vegans dizendo: “Sou vegan” ou “tornei-me vegan”. Alguns livros de nosso meio religioso também trazem no título essa palavra. No entanto, preocupa-me muito o fato de adotarmos esse termo para definir nosso estilo alimentar por uma série de razões. Vou expor minha opinião.

Antes de mais nada, veja as definições de “vegan” que encontrei numa rápida pesquisa na Internet:

“Veganismo é uma filosofia de vida motivada por convicções éticas com base nos direitos animais, que procura evitar exploração ou abuso dos mesmos, através do boicote a atividades e produtos considerados especistas” (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Veganismo).

“‘Vegan’ denomina um modo de vida que procura reduzir ao máximo a exploração de animais e, por consequência, adota uma dieta vegetariana estrita – eliminando carnes, ovos, leite e derivados da alimentação; eliminando o uso de artigos de couro do vestuário; evitando comprar produtos que envolvam testes desnecessários em animais etc. A pessoa que adota esse modo de vida também é chamada de ‘vegan’” (fonte: http://veganbrasil.com.br/tag/definicao).

Os adeptos ao veganismo são pessoas que, não conformadas com a morte ou os maus tratos a que os animais são submetidos, decidem tornar-se vegetarianas estritas. Ou seja, não fazem uso de produtos animais, porém, fazem uso das bebidas à base de cafeína, do fumo, dos refinados, dos aditivos químicos, enfim, tudo o mais que não seja de origem animal, quer saudável ou não. Além disso, essas pessoas fazem parte de um movimento ativista que combate a exploração dos animais por meio de manifestações, protestos, boicotes e outras atividades, dentre elas, algumas ilegais.

Como filha do Criador do Universo, sou responsável por Sua criação e criaturas. Devo proteger e defender a natureza em tudo que estiver ao meu alcance. Porém, da forma como Jesus agiria – que certamente não inclui manifestações sarcásticas, boicotes e atividades ilegais. Ao identificarmos nossa dieta como “vegan”, não estamos apenas dizendo que não consumimos produtos animais, mas também que aceitamos (embora não diretamente) todas as outras coisas que esse termo engloba.

Os adeptos ao veganismo deixam bem claro o motivo que os leva a se tornarem vegetarianos estritos: a proteção dos animais. Embora acredite ser meu dever zelar pela criação de Deus, essa não é a motivação para me tornar vegetariana estrita. Qual seria ela então? Para ter qualidade de vida? Ter saúde em abundância? Viver mais tempo? Economizar na farmácia? Creio que esses sejam bons motivos para alguém que não crê em Deus. Mas para mim – para nós – a motivação deve sempre ser ADORAÇÃO. Adoração ao nosso Criador que sabe o que é melhor. Que dedicou tempo para instruir Sua mensageira Ellen White para revelar ao povo do tempo do fim (nós) o que deveria ser feito a fim de se ter mente clara para discernir entre o bem e o mal. Ao decidirmos obedecer a Seus conselhos (que na verdade são ordens) revelados na Bíblia, e mais especificamente para o nosso tempo, no Espírito de Profecia, dizemos: “Senhor, creio que Tu és onisciente e digno de minha inteira obediência. Decido hoje seguir os Teus conselhos. Confio que Tu me darás poder para fazer a Tua vontade.”

Queridos amigos, por algum tempo tentei seguir os conselhos do Espírito de Profecia apenas para ter boa saúde e livrar-me de doenças. Confesso que esse tempo foi o mais infeliz da minha vida, pois achava um tremendo sacrifício deixar todas as coisas “gostosas” que estava acostumada a consumir para seguir uma dieta natural. Mas depois que compreendi que isso é um ato de adoração (ver 1Co 6:19, 20; 10:31, além dos escritos de Ellen White sobre o tema), houve uma mudança radical em minha vida. Comecei a pedir a Deus poder para mudar meu paladar para obedecer com prazer à Sua vontade. Aos poucos, Deus me transformou e está transformando a cada dia. Ao me deparar com uma tentação, não fico me lamentando mais como era bom comer isso ou aquilo. Penso que minha escolha de abster-me de certos alimentos e hábitos está agradando ao Pai que Se importou em me instruir sobre a melhor alimentação para suportar o tempo que JÁ estamos vivendo HOJE – o fim do tempo do fim!

Assim, não me considero vegan, nem macrobiótica, nem naturalista. Sou ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA. Somos diferentes de todos esses grupos por uma razão em especial: a motivação que nos leva a seguir essa dieta – que não inclui salvar animais, nem obter vida melhor, nem ter mais saúde, mas sim adorar ao Criador pela obediência a todos os Seus preceitos (saúde, vestuário, guarda da lei, enfim) através do poder que Ele promete conceder a todos os que pedirem com fé e sinceridade de coração.

Somos pessoas que buscam em Cristo fazer parte do povo de Apocalipse 14:12 – os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. Guardar as leis físicas, as leis de saúde, também é obedecer aos mandamentos de Deus. “Homens e mulheres não podem violar a lei natural mediante a satisfação de apetites pervertidos e de concupiscentes paixões, sem que transgridam a lei de Deus. [...] E movido de amor e piedade para com a humanidade, faz com que incida a luz sobre a reforma de saúde. Ele publica a Sua lei e a pena que acompanhará a transgressão da mesma a fim de que todos saibam, e cuidem em viver em harmonia com a lei natural. [...] Tornar patente a lei natural e insistir em que se lhe obedeça, eis a obra que acompanha a terceira mensagem angélica, a fim de preparar um povo para a vinda do Senhor” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 161 – leia o capítulo inteiro!).

Tenho certeza de que Deus concederá força a todo aquele que buscar de coração viver a Sua única e exclusiva dieta, ou devo dizer, estilo de vida (os oito remédios naturais), como instrumento para ajudar a fortalecer a nossa fé e comunhão com Cristo.

Para finalizar, duas citações para nossa reflexão:

“Todo aquele que violar as obrigações morais na questão de comer e vestir-se, prepara o caminho para violar as reivindicações de Deus com respeito a interesses eternos. Nosso corpo não nos pertence. Deus requer que cuidemos da habitação que nos deu, a fim de que possamos apresentar nosso corpo a Ele, como sacrifício vivo, santo e agradável. Nosso corpo pertence Àquele que o fez, e temos o dever de obter um conhecimento acerca da melhor maneira de preservar da ruína a habitação que nos deu. Se debilitarmos o corpo pela condescendência, contemporizando com o apetite, e vestindo-nos segundo as modas prejudiciais à saúde, a fim de estar em harmonia com o mundo, tornamo-nos inimigos de Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 61-63).

“Adão e Eva caíram por causa de apetite intemperante. Cristo veio e resistiu a mais feroz tentação de Satanás e, a favor da humanidade, venceu o apetite, mostrando que o homem pode vencer. Como Adão caiu pelo apetite e perdeu o Éden feliz, os descendentes de Adão podem, por Cristo, vencer o apetite e pela temperança em todas as coisas recuperar o Éden” (Ibid., p. 161, 162).

Que Deus nos abençoe!

Karina Carnassale Deana

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Refrigerante aumenta risco de câncer de pâncreas

Tomar duas ou mais latas de refrigerante com açucar por semana aumenta em 87% o risco de câncer no pâncreas, sugere estudo científico feito com mais de 60 mil pessoas, em Cingapura, e publicado na revista científica Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention. Os pesquisadores acompanharam esse grupo durante 14 anos. Nesse período, 140 voluntários desenvolveram câncer de pâncreas. O estudo não aponta, entretanto, a relação causal exata entre o consumo dessas bebidas e o aparecimento do câncer.

De acordo com Mark Pereira, coordenador do estudo, da Universidade de Minnesota, uma das hipóteses é que a quantidade de açucar dessas bebidas aumenta os níveis de insulina no sangue e poderia contribuir para o crescimento das células cancerosas no pâncreas.

Segundo o cirurgião oncológico Felipe José Coimbra, do Hospital A.C. Camargo, as causas mais conhecidas de câncer no pâncreas são o histórico familiar da doença, casos de pancreatite hereditária, tabagismo e diabetes. A obesidade parece também ter influência, mas ainda não há nada comprovado.

"Por enquanto, não há nenhum alimento que comprovadamente cause o câncer no pâncreas. O estudo poderá servir de orientação, especialmente para pessoas em grupos de risco", diz.

Coimbra pondera, porém, que o estudo não é conclusivo e não dá para fazer especulações sobre qual o mecanismo de ação. "Não sabemos se a doença surgiu por causa do açucar das bebidas, por causa de algum corante ou conservante específico. Mas é um primeiro passo", afirma.

O câncer de pâncreas é considerado um dos mais agressivos do sistema digestivo. O diagnóstico geralmente é tardio e a taxa de sobrevida de cinco anos, para os pacientes, é de apenas 5%.

(Fernanda Bassette, Folha de S. Paulo, Seção Saúde, p. C7, 9 de fevereiro de 2010)

Nota: Para se refrescar ou matar a sede, prefira água ou sucos naturais. Esses não têm contra-indicações.[DB]

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Separação à vista

Se seu casamento já está com problemas, e você teme a possibilidade de separação, gostaria de sugerir a você alguns recursos. Alguns deles aparentemente nada têm que ver com a salvação do seu casamento. Conheço muitas pessoas que conseguiram reorganizar a vida familiar apenas por praticar estas poucas sugestões, primeiro em sua própria vida:

1. Programe um horário para se levantar mais cedo todos os dias para orar, ler a Bíblia, estudar a Lição da Escola Sabatina, e depois ler os escritos inspirados Espírito de Profecia (você encontra vários livros dessa categoria na seção de downloads de www.ministeriodafamiliausb.org.br ou simplesmente clicando aqui. Isso precisa acontecer antes de você sair de casa ou antes de fazer qualquer coisa. Peça a Deus a ajuda para colocar esse princípio em prática (Jo 15:5). Se você não tiver tempo para fazer tudo isso antes de sair de casa ou antes de começar o trabalho, estabeleça um mínimo razoável para fazer logo no início do dia (como, por exemplo, apenas orar e ler a Bíblia), e então programe o resto das atividades de comunhão com Deus para outro momento do dia. Durante esses momentos, o próprio Senhor vai falar para você o que deve fazer (Sl 25). Ele vai dar conselhos melhores do que qualquer terapeuta ou pastor desse mundo conseguiria! Peça a Deus força e motivação para obedecer a tudo o que Ele ordenar. [Leia as outras sugestões aqui]

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

40% dos casos de câncer poderiam ser evitados

Quarenta por cento das 12 milhões de pessoas diagnosticadas com câncer em todo o mundo anualmente poderiam evitar a doença protegendo-se contra infecções e mudando o estilo de vida, afirmaram especialistas nesta terça-feira. Um relatório da União Internacional contra o Câncer (UICC), que tem sede em Genebra, na Suíça, ressaltou que nove infecções podem levar ao câncer e pediram que as autoridades de saúde salientem em seus países a importância das vacinas e da mudança no estilo de vida para combater a doença. "Se houvesse um anúncio de que alguém havia descoberto a cura para 40% dos cânceres do mundo, haveria uma comemoração enorme com razão", disse o presidente da UICC em uma entrevista por telefone. "Mas o fato é que temos, agora, o conhecimento para evitar 40% dos cânceres. A tragédia é que não o estamos usando."

O câncer do colo do útero e o câncer de fígado, ambos causados por infecções que podem ser evitadas com vacinas, devem ser a prioridade, indicou o relatório, não apenas nas nações ricas, mas também nos países em desenvolvimento, onde ocorrem 80% dos casos de câncer do colo do útero.

O câncer é uma causa importante de morte em todo o mundo e o número total de casos globalmente está aumentando, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de mortes por câncer no mundo está projetado para subir 45% de 2007 a 2030, passando de 7,9 milhões para 11,5 milhões de mortes, causadas, em parte, por uma população cada vez maior e mais idosa.

O UICC afirmou que quer concentrar a atenção dos responsáveis pelas políticas de saúde nas vacinas de prevenção ao câncer - como a fabricada pela GlaxoSmithKline e pela Merck & Co contra o vírus do papiloma humano (HPV), que causa o câncer do colo do útero, e outras contra a hepatite B, que causa doença hepática e câncer. "As autoridades de todo o mundo têm a oportunidade e a obrigação de usar essas vacinas para salvar a vida das pessoas e educar suas comunidades para escolhas de estilos de vida e medidas de controle que reduzam o risco delas de câncer", afirmou o diretor-executivo do UICC, Cary Adams, em um comentário sobre o relatório.

Outras infecções causadoras de câncer incluem as dos vírus da hepatite C, do HIV e do Epstein Barr, um vírus do tipo da herpes transmitido pela saliva. Os especialistas afirmam que o risco de desenvolver câncer poderia ser reduzido em até 40% se fossem empregadas medidas de prevenção e de imunização total combinadas com mudanças simples no estilo de vida, como parar de fumar, comer saudavelmente, limitar a ingestão de álcool e reduzir a exposição ao sol.

(Terra)

Leia também: "Questão de estilo"
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