Pesquisadores dos EUA avaliaram a associação entre o conteúdo dos programas de televisão e o IMC (índice de massa corpórea) de crianças a fim de avaliar a possibilidade de diferentes mecanismos causadores. Foram utilizados os dados do Panel Survey of Income Dynamics para medir o tempo gasto assistindo à televisão por formato e conteúdo educacional e comercial. A pesquisa foi publicada na revista American Journal of Public Health de fevereiro de 2010. As análises foram estratificadas por idade, visto que as crianças menores de sete anos têm menor entendimento da intenção persuasiva dos comerciais. Entre as crianças com 0-6 anos em 1997, o IMC em 2002 esteve significativamente associado com a quantidade de comerciais assistidos em 1997. Entre as crianças com mais de seis anos, os comerciais em 2002 estiveram diretamente associados com o IMC.
Esses resultados mostraram-se robustos após ajuste para exercícios e hábito de comer vendo TV. A conclusão é que as evidências não apoiam a ideia de que assistir televisão contribui para a obesidade por ser uma atividade sedentária. Os comerciais, mais do que o simples ato de assistir televisão, estão associados com a obesidade.
(American Journal of Public Health, v. 100, nº 2, Feb 2010, p. 334-340)
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