quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Câncer no intestino cresce no País

O câncer de intestino (cólon e reto) será o terceiro tipo de tumor de maior incidência no Brasil em 2010, passando o de pulmão, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Uma dieta rica em gorduras, carne vermelha e baixo teor de cálcio, além de obesidade e sedentarismo, são fatores que contribuem para esse tipo de câncer.

"Todo mundo sabe que o tabagismo causa câncer, mas pouco se fala sobre a adoção de hábitos alimentares saudáveis. Um alto consumo de vegetais e frutas é fator de proteção contra a doença", disse o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini. Segundo ele, a alimentação poderia prevenir o surgimento de 35% de novos casos de câncer e o controle do tabagismo, 30%.

De acordo com a Estimativa 2010-2011 de Incidência do Câncer no Brasil, serão diagnosticados 56 mil novos casos de câncer do intestino até 2011 - 28 mil por ano - e 55 mil no pulmão - 27,5 mil por ano. Nos países desenvolvidos, os tumores intestinais ficam atrás apenas dos localizados na próstata.

Nas regiões mais ricas do Brasil, Sul e Sudeste, o câncer de intestino já está em segundo lugar no ranking. O aumento das estimativas se dá principalmente entre mulheres. O câncer de mama continua a ser o mais prevalente na população feminina, mas os tumores no cólon e reto serão até mais frequentes que o de colo do útero.

"Nessas regiões, as mulheres estão se expondo mais ao tabagismo, sobrepeso, obesidade e sedentarismo", explica o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Claudio Noronha. Por outro lado, a cultura de fazer o exame preventivo para o colo do útero (papanicolau) está mais consolidada. (...)

No total, dois em cada mil brasileiros terão algum tipo de câncer em 2010. O Inca prevê 489.270 novos casos da doença no ano que vem (para 2008 e 2009, a previsão foi de 466 mil novos casos por ano). Desse total, 52% atingirão mulheres, e 48%, homens. "Esse resultado se deve à população feminina brasileira ser muito maior que as masculina e elas terem uma expectativa de vida maior", justifica Santini. Ele acrescentou que o câncer é uma doença crônica ligada ao envelhecimento e destacou que 40% desses novos casos poderiam ser prevenidos pelo fim do tabagismo, adoção de hábitos alimentares saudáveis, práticas de atividades físicas e uso de proteção solar. (...)

(Estadão)

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