segunda-feira, 1 de março de 2010

Para entender o câncer de mama

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de casos novos de câncer de mama esperados para o Brasil em 2008 foi de 49 mil, com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres. Ainda não foi divulgada uma estimativa para este ano. Na região Sul, se excluídos os tumores de pele não melanoma, este tipo de câncer passa a ser o mais frequente entre as pacientes, com cerca de 67 casos a cada 100 mil mulheres.

Segundo Selmo Minucelli, hematologista e oncologista do Frischmann Aisengart/DASA, os principais fatores de risco para o câncer de mama estão relacionados à vida reprodutiva da mulher (primeira menstruação precoce, idade acima de 30 anos no primeiro parto, nuliparidade (mulher que ainda não teve parto ou filhos), obesidade, consumo excessivo de álcool, uso de contraceptivo oral e terapia de reposição hormonal.

A história familiar de parentesco de primeiro grau torna-se um risco ainda maior para mulheres com um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama antes dos 50 anos. Também entram nesta esfera as mulheres com um ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário.

Minucelli lembra que o Ministério da Saúde no Brasil recomenda como principais estratégias de rastreamento da população um exame mamográfico, pelo menos a cada dois anos, para mulheres entre 50 a 69 anos, além do exame clínico anual das mamas, para mulheres de 40 a 49 anos. O exame clínico da mama deve ser realizado em todas as mulheres que procuram o serviço de saúde, independentemente da faixa etária, como parte do atendimento à saúde da mulher.

Para mulheres de grupos populacionais considerados de risco elevado para câncer de mama (com história familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau) recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos. Minucelli reforça que o diagnóstico precoce é a melhor forma de aumentar os índices de cura, sendo a mamografia um dos principais métodos de rastreamento. “O diagnóstico precoce permite a descoberta do câncer de mama quando o tumor é bem pequeno e ainda não é percebido na palpação”, explica o especialista.

O oncologista relata que os principais sintomas e sinais da doença são nódulo endurecido indolor na mama, a maioria descoberto pela própria paciente. Sintomas menos frequentes incluem dor, secreção mamilar, erosão, retração da pele, prurido, vermelhidão e massa axilar.

Nota: É bom lembrar que o estilo de vida saudável é a melhor maneira de prevenir ou retardar a manifestão dos cânceres.[DB]

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